O Universo é o conjunto de tudo quanto
existe, incluindo-se a Terra, os astros, as galáxias e toda a matéria
disseminada no espaço. Diz-nos a Astronomia que o Universo é constituído de
estrelas. As estrelas, reunidas em agrupamento de bilhões, formam as galáxias.
As galáxias, acessíveis aos nossos telescópios, são em número de 10 bilhões,
separadas entre si por distâncias da ordem de 1 milhão de anos-luz. Nosso
sistema planetário está localizado numa dessas galáxias, a Via-Láctea, com
80.000 anos-luz de diâmetro e contendo de 150 a 200 bilhões de estrelas.
Durante milênios, em todas as culturas,
o homem tentou decifrar os enigmas do Universo. Na antiguidade, os mitos
sobrepujaram as explicações racionais. Para os babilônios, a Terra era como uma
montanha oca rodeada pelo mar. Os Egípcios conceberam a Terra como se fosse um
deus em atitude de repouso. Segundo o mito hindu, a Terra era sustentada por
elefantes apoiados sobre uma tartaruga, encarnação de Vichnu que, por sua vez,
repousava sobre uma cobra, símbolo da água. Segundo os maias, o mundo
assentava-se sobre uma tartaruga nadando no mar.
Os gregos, nos os séculos que
antecederam ao nascimento de Cristo, mesmo não possuindo ferramentas
apropriadas para a comprovação científica, já imaginavam a Astronomia como uma
ciência. Da interpretação mitológica passou-se à busca da regularidade das leis
do Universo, chegando-se a admitir que o Sol, a Lua e os planetas moviam-se em
círculos perfeitos ou epiciclos, ao redor de um ponto que, por sua vez, girava
em órbita circular à volta da Terra.
Em 150 d.C., Ptolomeu deu início, de
forma mais concreta, à análise científica do Universo. Ele desenvolve a teoria
geocêntrica, ou seja, a Terra como centro do UNIVERSO. Em 1500, Copérnico
apresentou um outro modelo, colocando o Sol no centro do Sistema, pois o
movimento dos planetas poderia ser explicado mais facilmente. Em 1600, Johanes
Kepler acabou por demonstrar que os planetas descrevem órbitas
elípticas. Nesse ínterim, Galileu descobre a luneta. Em 1700, Newton formula a
sua famosa teoria da gravitação universal. Nesse período surge o telescópio. No
século XIX, Einstein descobre a teoria da relatividade.
Da invenção da luneta, segue-se a do
telescópio até culminar com o telescópio espacial Hubble, construído em 1925.
Este telescópio gigantesco tinha a incumbência de pesquisar a origem do universo
e, por conseguinte, a origem da vida. O Brasil também tem um telescópio, o Soar
(Southern Astrophisical Research Telescope), construído graças à parceria entre
Brasil, Estados Unidos e Chile. Localiza-se em Cerro Pachón, nos Andes
chilenos. Detalhe: enquanto o Hubble tem capacidade de observação no
ultravioleta, o Soar tem capacidade para o infravermelho.
O aprendizado do Universo tem uma
relação íntima com a visão de mundo alcançado pelo homem na Terra. Estando no
meio de uma floresta, vê somente a si mesmo. Olhando para o alto, coloca a
Terra como o centro do Universo. De posse de aparelhos de melhor precisão,
coloca o Sol no centro do Universo, depois a galáxia, para descobrir,
posteriormente, que o Universo não tem centro. Isso torna o ser humano mais
humilde, induzindo-o, inclusive, a aceitar vida em outros planetas.
Se, em nossas dificuldades cotidianas,
pudéssemos entrar em sintonia com as energias dessa harmonia celeste, quanta
força não absorveríamos para cumprir com mais bravura os nossos deveres do
cotidiano.
Fonte de Consulta
ENCICLOPÉDIA COMBI VISUAL. Barcelona:
Ediciones Danae, 1974.
Nenhum comentário:
Postar um comentário