A memória não é algo que possuímos,
visto não existir um lugar no cérebro em que ela esteja localizada. É
preferível usar o termo lembrar, que é o que o cérebro faz. Assim,
a memória é o instrumento que preserva a continuidade de nossas experiências e
modela toda a nossa personalidade. Lembrar significa, pois, prestar atenção a
uma imagem mental determinada por uma experiência passada.
Por que nos esquecemos se todas as
experiências são gravadas em nosso cérebro como traço de memória? De acordo com
Geoffrey A. Dudley, em seu livro Como Aprender Mais, esquecemo-nos
por várias razões: 1.ª) impressão fraca; 2.ª) desuso;
3.ª) Interferência; 4.ª) repressão. Quando uma imagem
vai à nossa mente, se não lhe carregarmos com uma quantidade razoável de
energia mental, se após a sua vinda, não lhe dermos atenção alguma, ou se vier
acompanhada por ato de não invocação, corremos o sério risco de nunca mais
lembrar desse fato.
Para nos lembramos de algo, devemos
fazer o contrário do que foi dito acima, ou seja, quando uma imagem aflora em
nossa mente, devemos moldá-la, saboreá-la e dominá-la dentro das mais variadas
técnicas de memorização, a fim de que a energia mental que carrega tal imagem
fique gravada em nosso subconsciente. Nesse sentido, a repetição logo após o
contato com a informação, aumenta sobremaneira o nosso poder de evocar uma
vivência passada.
O desempenho qualitativo de nossas
lembranças exige total estado de alerta de nossa atenção e de nossa
concentração. Se adquirirmos o hábito de estarmos sempre inteiros naquilo que
estivermos fazendo, o poder de concentração aumenta sensivelmente, e poderemos
trabalhar mais com menos desgaste de energia, preservando assim a nossa saúde
mental, que trará como consequência a perfeita saúde do corpo físico. Relaxando
os esforços, a mente cai na lassidão, surgindo, assim, um sentimento de apatia,
desânimo e desilusão.
Uma boa memória é a chave do sucesso na
vida. É preciso, porém, não contrariar a
nossa natural percepção das coisas, ou seja, nem todos têm o mesmo tipo de
memória: uns são versados em lembrar dos números, outros dos movimentos, outros
do sentido do texto etc. A orientação é dada para todos, mas cada um deve
escolher aquelas informações que o auxiliarão num melhor desempenho de suas
atividades, quer sejam profissionais ou voluntárias. O mundo aí está: captemos
dele aquilo que convém ao nosso crescimento espiritual. Querer saber tudo e não
saber nada dá no mesmo.
Tenhamos boa vontade. Não percamos as
oportunidades oferecidas pela vida para o exercício de nossa memória. É preciso
caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte. Todo o dia é dia de renovar o destino.
Fonte de Consulta
DUDLEY, G. A. Como Aprender
Mais - Desenvolva suas capacidades potenciais. São Paulo, Círculo do
Livro, s.d.p.
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