22 abril 2009

O Banquete de Platão, um Resumo

"O Banquete" é um livro de diálogos de Platão atribuído a ele mesmo e não a Sócrates, seu mestre. O pano de fundo são os sete discursos acerca do deus Eros, o deus do amor. Diz-se que depois de muitas festas, com bebidas em excesso, resolveram dar uma trégua à orgia e instituíram um encontro filosófico sobre o elogio ao deus Eros, sugerido por Erixímaco. Os oradores, em ordem de apresentação, foram: Fedro, Pausânias, Erixímaco, Aristófanes, Agaton, Sócrates e Alcibíades.

Fedro, o primeiro orador a falar, coloca o Eros como um dos mais antigos deuses, que surgiram depois do Caos da terra. Pelo fato de ser antigo, traz diversas fontes de bem, que é o amor de um amante. De tudo o que o ser humano pode ter – vínculos do sangue, dignidade e riquezas – nada no mundo pode, como Eros, fazer nascer a beleza. É o Eros que insufla os homens a grandes brios. Só os que amam sabem morrer um pelo outro.

Pausânias, o segundo a falar, critica o elogio a Eros, feito por Fedro, porque o deus Eros não é único, pois há o Eros Celeste e o Eros Vulgar. Para ele, qualquer ação realizada não é em si mesma nem boa nem ruim. Para que uma ação seja boa, ela deve se fundamentar na justiça. O mesmo se dá com o amor. Atender ao Eros Vulgar é prender-se à cobiça, à iniquidade e aos caprichos da matéria. Para atender ao Eros celeste, deve agir segundo os cânones da justiça e da beleza celeste.

Erixímaco, o terceiro orador, educado nas artes médicas, quer completar o discurso de Pausânias, dizendo que o Eros não existe somente nas almas dos homens, mas em muitos outros seres: nos corpos dos animais, nas plantas que brotam da terra, em toda natureza. Para ele, a natureza orgânica comporta dois eros: saúde e doença, e que "o contrário procura o contrário". Um é o amor que reside no corpo são; o outro é o que habita no corpo enfermo. Tal qual a medicina, que procura a convivência entre os contrários, o amor deve procurar o equilíbrio entre as necessidades físicas e espirituais.

Aristófanes, o quarto orador, começa o seu discurso enfatizando o total desconhecimento por parte dos homens acerca do poder de Eros. Para conhecer esse poder, ele diz que é preciso antes conhecer a história da natureza humana e, dito isto, passa a descrever a teoria dos andróginos, que é o mito da nossa unidade primitiva e posterior mutilação. Segundo Aristófanes, havia inicialmente três gêneros de seres humanos, que eram duplos em si mesmos: havia o gênero masculino masculino masculino, o feminino feminino feminino e o masculino feminino masculino, o qual era chamado de Andrógino.

Agaton, o quinto orador, critica os seus antecessores, pois acha que eles enalteceram Eros sem contudo explicar a sua natureza. Ele diz: "Para se louvar a quem quer que seja, o verdadeiro método é examiná-lo em si mesmo para depois enumerar os benefícios que dele promanam". Diz, ao contrário de Fedro, que Eros é um deus jovem. Depois passa a enumerar as suas virtudes, ou seja, a justiça, a temperança e a potência desse deus.

Sócrates, o sexto orador, considerado o mais importante dos oradores presentes, afirma que o amor é algo desejado, mas este objeto do amor só pode ser desejado quando lhe falta e não quando possui, pois ninguém deseja aquilo de que não precisa mais. Segundo Platão, o que se ama é somente "aquilo" que não se tem. E se alguém ama a si mesmo, ama o que não é. O "objeto" do amor sempre está ausente, mas sempre é solicitado. A verdade é algo que está sempre mais além, sempre que pensamos tê-la atingido, ela se nos escapa entre os dedos.

Alcibíades, o sétimo orador, procura muito mais fazer um elogio a Sócrates do que discorrer sobre o amor.

 

 

25 comentários:

Fabíola disse...

Obrigada...
ajudou-me muito em meu trbalho!
O resumo está excelente.

Anônimo disse...

Adorei o resumo, me ajudou muito!
Obrigada..

Heloisa disse...

Obrigada, me ajudou mto tbm :)

Vitz disse...

É interessante perceber o quanto Alcibíades foi útil nesta discussão sobre o amor.

Duas linhas foram suficientes para mostrar isso.

Paga-pau é fogo...

Anônimo disse...

gostei muito do resumo pois me ajudou bastante no meu trabalho da escola adoreiiiiiiiii

Anônimo disse...

me ajudou muitão valeu msm!!!!!

Anônimo disse...

valeu me ajudou muito msm!!!!

Anônimo disse...

Você me salvou de um 0 na nota.Muito Obrigado !

OBS:Não estava entendendo nada sobre o texto.

Anônimo disse...

Sócrates, sabiamente, diz que a verdade é inalcançável. Eu, assim como Alcibíades, apenas o elogio e o admiro! ^^

DORA LIMA disse...

Parabéns, ótimo o resumo.
Dora Lima

Anônimo disse...

Eu,gostei muito do resumo,e dentre tds, compreendo melhor a idéia de Sócrates,porém,discodo tbém:
Pois acredito que desejamos o q/não temos,o amor seria o desejo de possuir(conquistar)e preservar sempre assim e não desistir após cnseguir.
Porém excelente resumo!

Anônimo disse...

Ajudo mt para trabalho u.u

Hanna disse...

- O resumo está ótimo, mais eu só o encontrei depois de ter lido o livro. Mais mesmo assim, ajudou ainda mais no trabalho que eu tinha que fazer! (:

Anônimo disse...

Foi ótimo pro meu projeto de filosofia maravilhoso esse resumo:

:D

Anônimo disse...

Único resumo bom q eu achei!! me ajudou bastante no meu trabalho de filosofia! obrigada

Anônimo disse...

sou um robo sim e daí??? algum problema

Hortão disse...

Uma curiosidade é que o Aristófanes era a representação do "arquirrival" de Platão. Tanto é que Platão o apresenta como um palhaço. A ideia de amor de Aristófanes era para ser a mais estúpidas de todas. Porém o fato curioso é que ela tornou-se um simbolo do romantismo. O conceito de um ser Andrógino que é dividido em dois e condenado a buscar sua cara-metade é até mais conhecido do que o amor apresentado por Sócrates. A maior parte das pessoas já deve ter visto uma figura com 4 braços, 4 pernas e 2 faces. Pois bem esse é o Mito do Andrógino descrito no Banquete.

Unknown disse...

O amor é algo pessoal. Não se classifica. Enquanto alguns perdem tempo tentando entender, outros o praticam, que é a parte gostosa. Eu posso falar do meu amar, mas jamais do amar de alguém.

Anônimo disse...

Adorei me ajudou muiiitoooo!
����Obrigado.����

Unknown disse...

A cara metade de Aristófanes pode ser 0 discurso mais verdadeiro. Pois sempre as pessoas correm atrás de seu par. Josué, Recife - PE.

Júlia Paris disse...

Onde está Diotima? Ela é fundamental!

Sérgio Biagi Gregório disse...

Diotima, no Banquete, define o daimon: intermediário entre os deuses e os homens, transmite aos homens mensagens divinas, quer de dia, quer de noite, através dos sonhos, ou por intermédio dos oráculos.

Na Antiguidade, um daimon é ao mesmo tempo um mediador e um mensageiro (anjo). Na realidade, o famoso “demônio”, de Sócrates não é um demônio. Não emprega o nome daimon, mas seu adjetivo, daimonios — demônico.

Anônimo disse...

Estou gostando espero q eu tiro o total

Unknown disse...

Me ajudou muito no trabalho do meu sobrinho. Eu não sabia nada do livro e agora até que estou por dentro!!

Unknown disse...

Obrigada,me ajudou muito no meu trabalho!☺