Presentemente, as pessoas estão falando mais virtualmente.
Os contatos presenciais têm diminuído. Saia de casa e pegue um ônibus: é raro
não ouvir conversas telefônicas nesse pequeno trajeto. Depois, entre no metrô:
dificilmente não ouvirá alguém falando ao celular. Posteriormente, ande pelas
ruas da cidade: mais pessoas conversando sozinhas ao telefone. Isso é modernismo
ou poluição sonora?
Pesquisas mostram que a idade das pessoas que têm
aparelhos particulares (celular, televisão, notebook, etc.) avança para as
crianças. O que antes era privilégio de um jovem de 12 a 15 anos está se
concretizando em crianças de 7 anos. E não querem qualquer aparelho, mas os
aparelhos de última geração. Com isso, o custo das crianças e dos jovens
aumenta sobremaneira para as famílias.
E as redes sociais? Todos estão demasiadamente
ocupados. Ninguém tem mais tempo de ficar, a sós, consigo mesmo. Isso é muito
ruim, pois os jovens vão paulatinamente se distanciando de um exame crítico e
mais rigoroso do mundo e das coisas em geral. Eles não têm tempo para ponderar
com mais cuidado sobre os problemas do dia a dia.
Exemplificando: o Twitter, que é a rede
social que permite aos usuários enviar e receber mensagens, em textos de até
140 caracteres, não contribui muito para o desenvolvimento de um pensamento
mais robusto, que necessita de mais toques. Assemelhamo-nos aos pássaros, que
ficam apenas gorjeando.
Repensemos o consumismo moderno. Aprendamos a usar
toda essa parafernália eletrônica, a fim de que possamos navegar sem naufragar.