Para Sócrates, o filósofo deseja morrer. O sábio deseja
apressar a libertação da alma espiritual do cárcere corpóreo, não prolongando a
vida eternamente.
Para Platão, os gêneros sexuais eram três, ou seja,
masculino, feminino e o andrógino, um ser dotado de órgãos sexuais, masculinos
e femininos. “O amor homossexual é antes preferível ao heterossexual, porque
não voltado à procriação e, portanto, mais inclinado a um desenvolvimento no
sentido puramente espiritual”.
Para Agripa, o homem é um cosmo em miniatura. No final da
Idade Média e no Renascimento afirmou-se a ideia de uma equivalência estrutural
entre o ser humano e o cosmo. “O homem, síntese viva da inteira natureza,
possui em si todos os elementos da criação: é terra, água, ar, fogo
(inteligência), participa tanto do mundo animal quanto do espiritual mundo
angélico. Pode-se chegar ao universo partindo do homem, e vice-versa”.
Para Paracelso, o corpo humano é um sistema químico. “O
corpo humano, efetivamente, deve ser considerado como um sistema químico,
passível de cura por meio de minerais como o enxofre, o mercúrio, o sal. Apesar
de fundamentarem-se, ainda, em crenças mágicas, alquímicas e ate astrológicas,
essas ideias marcam o inicio da medicina moderna”.
Para Morus, o homem deve ter direito à eutanásia. “Uma das
reformas, previstas por Tomás Morus diz respeito à licitude da eutanásia, ou
seja, ao direito de o moribundo terminar dignamente a sua vida, pondo fim, com
o suicídio assistido, a sofrimentos não curáveis pela ciência médica”.
Para Descartes, o corpo humano assemelha-se ao modelo
hidráulico. Explica-o através da metáfora da fonte: “o corpo atua segundo os
mesmos princípios que regulam o funcionamento dos mecanismos hidráulicos que,
nos jardins mais admirados, movimentam água e estátuas”.
Para Schopenhauer, sentir-se um corpo vivente, é o único
conhecimento essencial ao ser humano. “Refletindo sobre a própria corporeidade
é fácil descobrir que a essência do Eu consiste na vontade de viver”.
Para Bérgson, o corpo está entre o passado e o futuro. “O
corpo enquanto matéria modificada pelo tempo constitui uma espécie de memória
biológica, um arquivo da experiência passada. Mas, enquanto sistema de
necessidades voltado para a ação, o corpo é também projeção em direção ao
futuro”.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: das
Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita De Luca. São Paulo: Globo,
2005.