29 janeiro 2024

Mente e Experiência

F. A. Hayek disse que “a mente nunca pode prever o seu próprio avanço”. A razão é simples: o crescimento de nossa mente está ligado ao “progresso da civilização”.  Observou, também, que nossa capacidade de raciocinar não é “independente da experiência”.

Em se tratando da mente humana, muito podemos aprender com o estoico Marco Aurélio que, em seu livro Meditações, anotações de suas próprias experiências, deixou-nos uma infinidade de frases, pensamentos e sugestões úteis para o nosso bom relacionamento em sociedade

Assim, diante de um problema, de uma contradição, de um dificuldade, a nossa primeira reação, salvo raras exceções, é querer controlar o ocorrido.

Vejamos, porém, como Marco Aurélio diria:

“No início do dia, diga a si mesmo: encontrarei pessoas que são intrometidas, ingratas, abusivas, traiçoeiras, maliciosas e egoístas. Em todos os casos, elas ficaram assim por causa de sua ignorância sobre o que é bom e o que é mau”. Mesmo que o operador do transporte público e o caixa do banco sejam maliciosos, a nossa experiência do mundo pode ser enriquecida, pois ela não é determinada por esses protagonistas. 

Este alerta não é para ignorarmos o mau comportamento dos outros, mas para colocarmos lentes mais amplas nele. Isto faz-nos ver a maldade e a bondade como elas realmente são; daí, sabermos o que é moralmente bom ou moralmente mau.

Platão, na antiguidade, já nos falava do Verdadeiro, do Bem e do Belo. Quando nos predispomos a refletir sobre esses valores, percebemos que o seu contrário é transitório e quando o pensamento percebe o que é certo acaba naturalmente combatendo o erro.