Filosofia – Do grego philo e sophia significa o amor à sabedoria. A filosofia não é qualquer saber, mas aquele que nos conduz ao descobrimento da verdade. O filosofar, por sua vez, não é defender um idealismo ou um sistema de idéias, mas procurar, através do espanto e da reflexão, entrar em contato direto com os fatos, extraindo deles uma verdade que nos ajude a viver bem em sociedade. Como a busca da verdade não é tarefa fácil, muitos preferem tê-la ao seu lado a estar ao lado dela.
Retórica – Do grego rhetor (orador numa assembléia) – é a arte de bem falar, mediante o uso de todos os recursos da linguagem para atrair e manter a atenção e o interesse do auditório para informá-lo, instruí-lo e principalmente persuadi-lo das teses ou dos pontos de vista que o orador pretende transmitir. Pode ser também a organização de um discurso enquanto visa um efeito. Este efeito pode ser direto e indireto, como veremos a seguir.
A retórica direta caracteriza-se pela produção no receptor do discurso a compreensão do sentido e a apreensão da validade dos argumentos veiculados. O objetivo é comunicar os conhecimentos claros e distintos, como bem apregoava Descartes em seu Discurso do Método. Em vista disso, os filósofos organizam em sistemas as suas convicções, as quais acabam se tornando uma espécie de dogma, resistindo ao tempo e lugar. Há, na história muitos exemplos, como as teses materialistas de Marx, em que elas asseguram que é o econômico o fim único dos homens.
A retórica indireta consiste em produzir inicialmente um certo efeito de primeiro grau, uma certa disposição do receptor, em vista de facilitar ou induzir a produção de um outro efeito que busca aquele que se exprime através desse desvio. Esta parece ser a verdadeira retórica filosófica, porque pelo diálogo e pela interrogação ocasional abre-se a mente do interlocutor. Não é necessário que se conclua o diálogo ou mesmo que as perguntas sejam respondidas, pois o que interessa é a caça e não a presa.
A busca da caça e não da presa é bastante relevante. Ao contrário da ciência que trabalha com dados objetivos, a filosofia trabalha com o imponderável. A filosofia inclui, em seu rol de problemas, a existência de Deus, o comer ou não comer carne, a localização da mente etc. Assim, ao propor a caça e não a presa está sinalizando que cada qual deve buscar o conhecimento por si mesmo. Podemos ler, assistir a palestras, confabular com este ou aquele filósofo famoso, mas o conteúdo doutrinal deve ser um trabalho pessoal e intransferível.
Renovemos sempre os nossos discursos. Há muitos pontos que devem sofrer uma ruptura e uma transformação radical para que o homem novo e criativo possa se desenvolver dentro de nós mesmos.
Fonte de Consulta
GRANGER, Gilles-Gaston. Por um Conhecimento Filosófico. Trad. Constança M. César e Lucy Moreira César. Campinas - SP: Papirus, 1989.
São Paulo,24/5/2006
Retórica – Do grego rhetor (orador numa assembléia) – é a arte de bem falar, mediante o uso de todos os recursos da linguagem para atrair e manter a atenção e o interesse do auditório para informá-lo, instruí-lo e principalmente persuadi-lo das teses ou dos pontos de vista que o orador pretende transmitir. Pode ser também a organização de um discurso enquanto visa um efeito. Este efeito pode ser direto e indireto, como veremos a seguir.
A retórica direta caracteriza-se pela produção no receptor do discurso a compreensão do sentido e a apreensão da validade dos argumentos veiculados. O objetivo é comunicar os conhecimentos claros e distintos, como bem apregoava Descartes em seu Discurso do Método. Em vista disso, os filósofos organizam em sistemas as suas convicções, as quais acabam se tornando uma espécie de dogma, resistindo ao tempo e lugar. Há, na história muitos exemplos, como as teses materialistas de Marx, em que elas asseguram que é o econômico o fim único dos homens.
A retórica indireta consiste em produzir inicialmente um certo efeito de primeiro grau, uma certa disposição do receptor, em vista de facilitar ou induzir a produção de um outro efeito que busca aquele que se exprime através desse desvio. Esta parece ser a verdadeira retórica filosófica, porque pelo diálogo e pela interrogação ocasional abre-se a mente do interlocutor. Não é necessário que se conclua o diálogo ou mesmo que as perguntas sejam respondidas, pois o que interessa é a caça e não a presa.
A busca da caça e não da presa é bastante relevante. Ao contrário da ciência que trabalha com dados objetivos, a filosofia trabalha com o imponderável. A filosofia inclui, em seu rol de problemas, a existência de Deus, o comer ou não comer carne, a localização da mente etc. Assim, ao propor a caça e não a presa está sinalizando que cada qual deve buscar o conhecimento por si mesmo. Podemos ler, assistir a palestras, confabular com este ou aquele filósofo famoso, mas o conteúdo doutrinal deve ser um trabalho pessoal e intransferível.
Renovemos sempre os nossos discursos. Há muitos pontos que devem sofrer uma ruptura e uma transformação radical para que o homem novo e criativo possa se desenvolver dentro de nós mesmos.
Fonte de Consulta
GRANGER, Gilles-Gaston. Por um Conhecimento Filosófico. Trad. Constança M. César e Lucy Moreira César. Campinas - SP: Papirus, 1989.
São Paulo,24/5/2006
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