"O gênio é um
por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração."
(Thomas Edison)
Os pensamentos
pululam ao redor de nosso cérebro, esperando o momento propício para se
transformarem em palavras, verbais ou escritas. Nesse caso, o livre pensar
é útil porque nos deixamos envolver pelo mistério, pelo novo, pela
criatividade. Disto resulta uma ideia nova, uma descoberta,
a construção de alguma engenhoca etc. Nada disso, porém, deve
nos isentar do trabalho de pesquisa, que se traduz pelo método, principalmente
o método filosófico.
O método filosófico
compreende principalmente a análise, o questionamento, a problemática e a
reflexão. Quando trabalhamos com método, supomos que todos nós podemos dominar
as dificuldades inerentes a um problema, a uma situação. Regra fundamental é
ver a questão por trás do enunciado, a interrogação sob a afirmação, a
dificuldade sob a aparente evidência, que são os pressupostos básicos do
filosofar.
Para uma melhor
compreensão deste tema, reflitamos sobre o pensamento de Kant: “Numa palavra,
todos se consideram senhores na medida em que se julgam dispensados de
trabalhar; e, segundo este princípio, foi-se recentemente tão longe neste
caminho que agora anuncia-se de forma aberta e declarada uma pretensa filosofia
para a qual não é preciso absolutamente trabalhar; basta dar ouvido ao oráculo
dentro de si mesmo e utilizá-lo a seu favor para assegurar-se a plena posse de
toda a sabedoria que se pode esperar da filosofia.” Quer dizer, por maior que
seja o oráculo que nos acompanha, não deixemos tudo ao seu encargo; ao contrário,
metamos mãos à obra.
Fazer um trabalho
filosófico é, antes de mais nada, colocar uma série de questões ordenadas,
imanentes ao tema e não repetitivas. Em vista do exposto, cabe-nos buscar
a chave do nosso aprendizado, que é o aprofundamento de tudo o que visita os
nossos pensamentos. Assim, vamos fugindo da superficialidade e buscando um
conhecimento mais realista, baseado em conceitos e definições, os quais serão
extremamente úteis na formação de nossos argumentos.
Pensar por si mesmo
exige um trabalho árduo de vencer o comodismo de nosso cérebro. Ouçamos o nosso
oráculo interior, mas não nos esqueçamos de debruçar o pensamento sobre os
tratados que já se tornaram clássicos em filosofia.
Fonte de Consulta
RUSS,
Jacqueline. Os Métodos em Filosofia. Tradução de Gentil Avelino
Titton. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.