28 julho 2015

Pensamento Precede a Ação

Folheando alguns livros que tratam do poder do pensamento positivo, deparamo-nos com termos, tais como, o poder da mente cósmica, o poder do subconsciente, o universo do poder mental etc. Há muitos ensinamentos úteis que podemos extrair de uma simples leitura verticalizada. Vejamos.

O indivíduo só experimenta aquilo que pensa. Tem, no entanto, o direito de escolher, de pensar por si. Nesse caso, as pessoas que vivem no negativo, vivem-no porque assim escolheram viver. É um hábito como fumar, beber, drogar-se. Quando perguntamos ao outro o que devo fazer, estamos transferindo a responsabilidade daquela ação para um terceiro, que decide por nós. Se der errado, jogamos a culpa nele. 

As atitudes são contagiosas. Se expressarmos alegria, criatividade e jovialidade, os outros receberão essa influência de nós. Se estamos constantemente nos queixando, criticando e sendo maledicentes, é assim mesmo que os outros nos veem. Repórter pergunta à esposa de Winston Churchill se os dois concordavam em todos os assuntos. Ela responde: "meu senhor, se nós pensássemos exatamente do mesmo modo, um de nós seria desnecessário". 

A fé nada mais é do que a confiança em alguém ou alguma coisa. A fé é um poder da mente, da mente cósmica. Jesus foi o responsável por efetuar milagres, mas foram os próprios indivíduos que fizeram os milagres acontecer. É um fato: as doenças curam-se mais frequentemente pelos pacientes do que pelos médicos. Quando a cura parece impossível, falamos que foi um milagre. 

Ofereçamos consolo e tranquilidade, mas nunca tenhamos pena dos outros. 

 




22 julho 2015

Livros Estragam o Mundo?

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"Ideias têm consequências."

"Há livros que estragaram o mundo; livros sem os quais estaríamos melhor. Se as ideias têm consequências, as más ideias tem más consequências." (Benjamin Wiker)

Benjamim Wiker, Ph.D. em Ética Teológica pela Universidade de Vanderbilt, Tennesse, escritor e palestrante, publicou em 2008 o seu bestseller 10 livros que estragaram o mundo - e outros cinco que não ajudaram em nada. Neste ano de 2015, ganhou uma tradução portuguesa.

Parte da seguinte teseo mundo estaria bem melhor se os livros que pretende discutir não tivessem sido escritos.

Os dez grandes estragos

Manifesto do Partido Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels (1848);

Utilitarismo, de John Stuart Mill (1863);

A Descendência do Homem, de Charles Darwin (1871);

Além do Bem e do Mal, de Friedrich Nietzsche (1886);

O Estado e a Revolução, de Vladimir Lênin (1917);

O Eixo da Civilização, de Margaret Sanger (1922);

Minha Luta, de Adolf Hitler (1925);

O Futuro de uma Ilusão, de Sigmund Freud (1927);

Adolescência, Sexo e Cultura em Samoa, de Margaret Mead (1928);

O Relatório Kinsey, de Alfred Kinsey (1948).

Os cinco livros que não ajudaram em nada

O Príncipe, de Nicolau Maquiavel (1513);

Discurso sobre o Método, de Renê Descartes (1637);

Leviatã, de Thomas Hobbes (1651);

Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, de Jean-Jacques Rousseau (1755); 

A Mística Feminina, de Betty Friedan (1963).

Qual a importância desta postagem? Chamar a nossa atenção para a utilização do espírito crítico em qualquer leitura que fizermos. Por trás de cada autor há um subjetivismo, uma opinião, um modo de ver o mundo. Não é por ter sido escrito que se transforma imediatamente numa verdade. Leiamos de tudo, mas fiquemos com aquilo que for bom.

Exemplos:

Maquiavel, no livro O Príncipe, evoca a ideia de que o governante não precisa ser bom, justo e misericordioso, mas parecer que o seja. Esta ideia influenciou muitos líderes políticos. Para Lênin, líder revolucionário ateu, os fins gloriosos do comunismo justificavam seus meios brutais.

Descartes, em seu Discurso do Método, ataca o ceticismo pela negação da realidade. Tem-se a impressão que, pelo seu duvidar de tudo, nada existia antes de Descartes. O seu penso logo existo está invertido, pois deveria ser existo, logo penso. O seu dualismo cria o homem-máquina.

Thomas Hobbes, em Leviatã, crê que, por natureza, não existe o bem e o mal, o justo e o injusto, o certo e o errado. Temos, por natureza, o direito do que desejamos. Cria um ser humano sem consciência, pois não faz nenhuma distinção moral entre o bem e o mal. 

Jean-Jacques Rousseau, no Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, parte de um estado natural da humanidade, onde os seres humanos vivem como animais, cuja única ocupação é a procriação. O pai não tem nenhuma responsabilidade para com os filhos gerados. Levou a sério o seu próprio pensamento, pois teve muitas amantes e, os cinco filhos que tivera de uma delas, deixou aos cuidados de um orfanato. 

Karl Marx, no Manifesto do Partido Comunista, trabalha a questão do materialismo histórico, gerador de milhões de cadáveres ao longo do tempo. O materialismo histórico funda-se na luta de classes. Na visão simplista de Marx, a história da humanidade nada mais é do que uma luta de classes: escravo contra o patrão; vassalo contra o senhor feudal; proletariado contra o empresário. 

John Stuart Mill, no Utilitarismo, desenvolve a tese da maior felicidade para o maior número de pessoas. Mill não foi o criador do termo "utilitarismo"; este fora aventado por Benthan. O utilitarismo funda-se na acepção do dualismo prazer-dor. Daí, o que nos dá prazer é moralmente bom; o que nos causa dor é moralmente mau. 

Charles Darwin, em A Descendência do Homem, elabora a tese da seleção dos mais aptos, que se torna quase impossível desligar Darwin da Eugenia, a raça pura, tão efusivamente defendida por Hitler na Alemanha. 

Nietzsche, em Além do Bem e do Mal, combate a moral cristã acenando que "Deus está morto". "Um golpe destrutivo no cristianismo". A sua ênfase ateísta levou-o à loucura. Os seus postulados sobre o "super-homem" terão influência catastrófica na atuação de Hitler e de outros políticos. Ir além da fé em Deus é ir além do bem e do mal sem bem nem mal, governado pela Vontade-de-Poder. 

Vladimir Lênin, cujo nome verdadeiro é Vladimir Ilyich Ulyanov, em O Estado e a Revolução, propugna o combate à burguesia (exploradores) capitalista, numa ação prática das ideias marxistas, que se fundamentam na luta de classes. Para ele, o Poder do Estado na defesa do proletariado deve ser feito pela violência, pela extinção da outra classe, a exploradora. Para Lênin, o terror é uma forma de disciplina. 

Margaret Sanger, em O Eixo da Civilização, trata do "maior perigo presente para [...] a civilização": a "falta de equilíbrio entre a taxa de natalidade dos 'inaptos' e dos 'aptos'", um perigo justamente por conta da "fertilidade dos débeis-mentais, dos fracos de espírito, [e] dos indigentes". Defende a eugenia e o controle da natalidade, mas por caminhos tortuosos, ou seja, através do QI. Para ela, quem tem QI baixo não pode procriar porque isso aumenta o número de débeis-mentais. 

Adolfo Hitler, em Minha Luta, livro que poucos leram e que, por algum tempo, foi proibido na própria Alemanha, mostra a força das ideias malignas tendo como pano de fundo o bem da humanidade. As ações de Hitler contra os judeus para a implantação da raça pura estenderam-se, também, aos ciganos, retardados e prisioneiros de guerra. Tudo para a glorificação terrena da Alemanha.

Sigmund Freud, em O Futuro é um Ilusão, ataca a religião, considerando-a como se fosse uma ilusão, a realização dos desejos das mentes infantis. Segundo suas próprias palavras, "minha atitude absolutamente negativa quanto à religião, em todas as suas formas ou diluições". 

Margaret Mead, em Adolescência, Sexo e Cultura em Samoa, utiliza um modus operandi - o de recolher alguns "fatos" de mitos originários e encaixá-los nos próprios devaneios filósofos. O pressuposto subjacente é: natural = primitivo = bom. Não analisa que o bom e o ruim está em toda parte entre os primitivos e entre os civilizados. 

Alfred Kinsey, em O Relatório Kinsey, cujo autor não permitiu nenhuma citação, trabalha com a crença de que o nosso estado natural é de uma extravagância sem moralidade alguma: o homem é reduzido a um animal. Ele acabou com a ideia de que o sexo antes do casamento e o adultério eram errados. 

Betty Friedman, em A Mística Feminina, cuja fama foi ter lançado a segunda onda de feminismo no mundo, mostra que as mulheres que são apenas esposas e mães são, secreta ou abertamente, infelizes porque não podem aventurar-se para fora do lar e maximizar seus potenciais como seres humanos realizando trabalhos significativos, como fazem os homens. 








21 julho 2015

Poderes Psíquicos e Método Científico

Jean Alan Appleman, especialista em Direito Criminal, demonstra o cuidado profissional pelos fatos. Para ele, o ceticismo inteligente ajuda a pesquisa científica, pois a experiência de algo que não nos pode iludir, leva-nos à veracidade da coisa estudada.

Aplica, em seus estudos, o método utilizado como advogado criminalista: pesquisa da verdade e o exame de todas as informações sob todos os ângulos possíveis para descobrir-lhe os "pontos fracos", que são os subsídios para a sua defesa ou confirmação do crime.

Em seu livro, Poderes Psíquicos e Imortalidade, tenta desvendar o cérebro físico buscando informações dos especialistas em cirurgia cerebral, bem como as de clínicas especializadas no tratamento de pessoas portadoras de doenças cerebrais. Acha que, em qualquer área de pesquisas, é importante avaliar todas as informações razoavelmente acessíveis. O livro está recheado de notas sobre os assuntos tratados em cada capítulo.

Foram muitos anos de pesquisa e de cuidada leitura de livros de natureza médica, psicológica e especulativa. Fez muitas viagens e diversas entrevistas com médicos, psicólogos e antropólogos, além do estudo de pessoas comuns e de maníacas.

Eis um exemplo a ser seguido: não quis simplesmente expressar a sua opinião, mas construir o seu conhecimento sobre fatos e estudos científicos. 

Fonte de Consulta

APPLEMAN, John Alan. Poderes Psíquicos e Imortalidade. Tradução de M. P. Moreira Filho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975.




06 julho 2015

Tyson e a Origem de Tudo

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Na revista Veja de 8 de julho de 2015, há a entrevista com o astrofísico americano Neil Degrasse Tyson, o mais ativo divulgador da ciência depois de Carl Sagan.

Neil Degrasse Tyson publicou, em 2004, o livro Origens. Nele, tenta passar de forma fácil os complicados entrelaçamentos da ciência. Tem por objetivo separar o aspecto religioso do científico. Diz que "para discutir sobre as origens das coisas, é preciso elaborar argumentos cuidadosos, factíveis, mas imaginativos".

Em meio à entrevista, diz que a religião de cada pessoa tira conclusões precipitadas, mas a ciência tem que fornecer argumentos baseados em provas. Observe a frase inglesa "God bless you" (Deus te abençoe) quando alguém espirra. Esta frase reportava-se, no passado, ao fato de o espírito sair do corpo quando alguém espirrava, e deixava o sujeito à mercê dos demônios. Um religioso vê o mundo dessa forma. A ciência tem que verificar se há bactérias que originam o espirro.

Para Tyson, "Raciocinar cientificamente é realizar o que for preciso para não se transformar em burro. Não aceite verdades vindas de cima e procure provar argumentos. Esse elemento fundamental da ciência não deixará de existir."

Explica, também, o que entende por "polícia do pensamento". Nesse caso, chama a atenção para as pessoas que tentam ter e exercer poder pela força de seus pensamentos. Quer dizer, impondo o que todos podem, ou devem, acreditar. A ciência é inimiga da "polícia do pensamento".

O cientista deve retribuir para a sociedade. Na maioria dos países, principalmente nos Estados Unidos, as atividades científicas são financiadas pelo governo, por órgãos públicos. De onde vem o dinheiro? Do impostos pagos pelos cidadãos. Logo, você, e todo mundo, financia experimentos científicos, cujos resultados podem afetar a política, a economia, a saúde pública, a civilização.