Aristóteles, um dos grandes filósofos da Antiguidade, não
surgiu do nada. Ele situa-se no contexto histórico como discípulo de seus
predecessores, especialmente Sócrates e Platão, dos quais recebeu muitos
ensinamentos. Em sua teoria sobre a bondade,
instrui-nos sobre o valor da virtude, tanto na prática pessoal com em
sociedade. É o que veremos nas linhas que se seguem.
Para Aristóteles, a virtude é a habilidade de escolher o grau correto ou a
intensidade da ação dentro da escala de possibilidades. Em outras palavras, ser
virtuoso é saber escolher o caminho do meio. Obviamente, não podemos dizer que
um homem tímido é corajoso: mas estritamente falando, nem que ele é um colérico
negligente. Coragem, então, é a medida que vem do medo - que pode perfeitamente
ser calculada face ao risco. Similarmente, generosidade consiste em dar a
própria quantia - nem mais nem menos - de ajuda, de dinheiro, de bens.
Usando esta noção de virtude, Aristóteles descreve o que é a "grande alma" ou a "magnanimidade". É a pessoa que consegue unir
em si mesma todas as virtudes morais. Nesse sentido, o homem que se avalia
corretamente não se engrandecerá e nem se rebaixará, pois tanto uma situação
quanto a outra é considerada um vício. Não falará nem muito alto e nem muito
baixo. Seu comportamento não será nem arrogante e nem servil. Não procurará o
perigo e nem fugirá dele arbitrariamente.
A virtude moral consiste em fazer as coisas corretas.
Aristóteles pensa que tais coisas devem ser feitas de acordo com regras
apropriadas. Essas regras podem ser descobertas pelo exercício da virtude
intelectual, ou seja, a faculdade racional que existe em cada um de nós. A
razão é o elemento básico que pode definir o perfeito entrelaçamento entre o
meio e o fim. Embora ressalte a auto-suficiência do ser humano, não deixou de
salientar a validade do convívio social, especificamente ao definir o homem
como um animal social.
Nos seus estudos sobre a ética Aristóteles, não muito longe dos
primeiros filósofos, pensa empiricamente, isto é, ele considera o que os homens realmente fazem e
dizem, e as distinções éticas que comumente surgem. Assim, foi o precursor do
pensamento moral naturalista, pois começou com os fatos antes mesmo dos
princípios. De qualquer forma, sua teoria sobre a ética dá ensejo à sua teoria
metafísica, e revela o esforço que concede à razão.
Esse estudo sobre Aristóteles mostra-nos a importância dos valores
éticos e da sua aplicação no dia-a-dia. Não nos deixemos levar pelos que não
põem em prática tais conceitos.
Fonte de Consulta
HUXLEY,
SIR J. e OUTROS. Growth of Ideas: Knowledge, Thought, Imagination. New York,
Doubleday & Company Inc., 1966.
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