13 fevereiro 2020

Roger Bacon

"Há duas maneiras de adquirir conhecimento: uma por meio da razão e outra por meio da experimentação." (Sobre a ciência experimental)

Roger Bacon (1214-1292) é um filósofo que deu destaque ao empirismo, em que a experiência sensorial é o que produz em nós o conhecimento. Após estudar nas universidades de Oxford e Paris, Roger Bacon começou a ganhar notoriedade por se dedicar a uma vasta gama de assuntos, incluindo filosofia, matemática, ciência e alquimia. Em 1256, entrou para a ordem católica dos franciscanos, fundada por São Francisco de Assis.

O papa Clemente IV, em 1266, pediu para que Bacon elaborasse um programa de estudos mais avançado sobre filosofia, ciência e linguagem, e que pudesse ser inserido nas universidades, com o objetivo de aperfeiçoar o ensino da Igreja sobre teologia. A primeira parte desse empreendimento, Opus maius, foi logo seguida por Opus minus e por Opus tertium.

Bacon distingue experientia, ou experiência, de experimentum, uma série de princípios científicos baseados na experiência. A experiência é inata, é o conhecimento das coisas compartilhado por todos os animais, ao passo que os princípios científicos baseados na experiência precisam ser aprendidos. São estes que permitem a descoberta de novas verdades. Os níveis da experiência interna são: Iluminação científica; Virtude; Dons do Espírito santo; Bem-aventuranças; Sentidos espirituais; Resultados espirituais como a paz de Deus; Êxtase divino.

O método científico baseia-se na observação da natureza, no levantamento de hipóteses e na comprovação pela experimentação. Observação, hipótese e experimentação não têm fim. Funciona como uma espécie de tentativa e erro em busca da verdade. Para que se comprove uma hipótese, há necessidade de muitas repetições e, em alguns casos, de muitas pessoas para dar conta da pesquisa. Os erros anteriores serão eliminados pelas pesquisas posteriores e assim a ciência alcança seu progresso.

LEVENE, Lesley. Filosofia para Ocupados: dos Pré-Socráticos aos Tempos Modernos. Tradução de Débora Fleck. Rio de Janeiro: LeYa, 2019.

http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=53


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