17 fevereiro 2020

Bacon, Francis

"Conhecer de verdade é conhecer pelas causas." (Francis Bacon)

Francis Bacon (1561-1626) foi um filósofo, político e ensaísta inglês. Nasceu em Londres. Galgou grande posição no governo inglês, tendo sido lord-chanceler. Mas sua venalidade como juiz provocou-lhe a queda e a prisão. Tendo sido perdoado pelo rei, afastou-se da vida pública e mergulhou nos estudos. Recebeu os títulos de Visconde de Albans e Barão de Verulam. Foi importante na formulação de teorias que fundamentaram a ciência moderna. É considerado o pai do método experimental.

O conhecimento científico ergue-se sobre si mesmo. ==> Ele avança firme e cumulativamente, descobrindo leis e tornando invenções possíveis. ==> Ele permite que as pessoas façam coisas que não poderiam ser feitas. ==> Conhecimento é poder. (1)

Paralelamente à atividade política, Bacon elaborou uma importante obra filosófica reunida em textos como Novum Organum (1620, Novo Método) e De Dignitate et Augmentis Scientiarum (1623, Sobre a Dignificação e Progresso da Ciência). Nessas obras, Bacon salienta a primazia dos fatos em relação à teorização e rejeita a especulação filosófica como cientificamente válida. Seus textos deveriam fazer parte de uma obra ambiciosa que ficou inacabada, intitulada Instauratio Magna (Grande Restauração), com a qual pretendia criar uma nova ciência, capaz de restaurar o saber, infecundo e falso dos pensadores precedentes.

Para Bacon, o conhecimento científico tem por finalidade servir o homem e conferir-lhe poder sobre a natureza. Dizia que a verdadeira filosofia não é, exclusivamente, a ciência das coisas divinas e humanas, mas a simples busca da verdade. Achava que a descoberta dos fatos verdadeiros não depende de esforços puramente mentais, mas sim da observação e da experimentação guiada pelo raciocínio indutivo. O empirismo científico de Bacon devolveu ao homem o gosto pelo concreto e pela experiência. (2)

A formulação do método experimental e indutivo exige, como condição, a eliminação de falsas noções, que Bacon denomina “ídolos”, fantasmas de verdade, imagens tomadas por realidade: a) os ídolos da tribo, isto é, falsas noções da espécie humana; b) os ídolos da caverna, as falsas noções provenientes de nossa psicologia individual; c) os ídolos de mercado, as falsas noções provenientes da psicologia social; d) os ídolos do teatro, as falsas noções provenientes das doutrinas em voga. Assim, o projeto Bacon, para quem, “saber é poder”, consiste, primeiramente, em aperfeiçoar a ciência; em seguida, em aperfeiçoar a ordem social; finalmente, em conferir soberania aos homens de ciência. (3)

Frases Francis Bacon: "Na caridade não há excessos."; "Não lutes contra o destino, e não lutes contra a corrente: seria gastar inutilmente forças e recursos."; "Nas deliberações é imprescindível prever os perigos, mas na sua execução é conveniente não vê-los, exceto quando grandes em demasia"; "Não leia para contradizer e confundir; ou para acreditar e aceitar cegamente; ou para encontrar assunto de conversas, e sim para pesar e considerar. Alguns livros devem ser saboreados outros devem ser engolidos, alguns devem ser mastigados e digeridos; quer dizer, alguns livros devem ser parcialmente lidos; outros devem ser lidos, mas não com curiosidade; alguns poucos devem ser lidos inteiros, e com empenho e atenção."; "É triste o estado da alma de quem pouco tem que desejar, e muito a temer."; "O sábio cria para si mais ocasiões que as que se lhe deparam.

(1) VÁRIOS COLABORADORES. O Livro da Filosofia. Tradução de Rosemarie Ziegelmaier. São Paulo: Globo, 2011

(2) https://www.ebiografia.com/francis_bacon/

(3) JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 5.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

Mais informações em: https://sites.google.com/view/filosofosepensadores/bacon-francis








 

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