O Universo é tudo o que existe no espaço infinito:
planetas, estrelas, galáxias, seres animados e inanimados, fluidos. A
compreensão do universo está intimamente relacionado com a filosofia de vida de
cada pessoa. Nesse sentido, quanto mais conhecermos o mundo que nos cerca, mais
ampliaremos a nossa concepção de vida.
Os grandes pensadores da humanidade não se preocuparam
muito em explicar se o universo é limitado ou infinito, se é ou não eterno, se
teve ou não um começo como Deus. Buda, por exemplo, limitou-se a ensinar
o que é a dor e os caminhos para suprimi-la do ser humano. Confúcio dizia
que primeiro de tudo deveríamos conhecer os homens e auxiliá-los. Sócrates achava
que há uma harmonia incomensurável no universo e, para compreendê-la, basta
somente conhecer a nós mesmos. Jesus fala-nos das várias
moradas, porém enfatiza-nos a amar ao próximo como a nós mesmos.
A dádiva do livre-arbítrio muda tudo. Ao invés de assimilarmos as lições
desses grandes mestres, insistimos em fazer a nossa caminhada através da dor,
cometendo os maiores deslizes com relação às leis naturais. Assim, não somos
suficientemente humildes para aceitar o nosso nível de limitação, e, querendo
sempre mais, criamos confusões em nossa mente e na daqueles que nos ouvem. Se
não prestarmos a atenção, poderemos destruir o Planeta que nos serve de morada,
em virtude da maciça alocação de recursos para a construção de armas nucleares.
Escolhendo um determinado caminho, sempre teremos explicações que o
satisfaçam. Assim sendo, aceitando o monismo ou o dualismo,
o materialismo ou espiritualismo, o ateísmo ou
o panteísmo, encontraremos diversos argumentos que os sustentam. E
mesmo que esses argumentos não se aclimatem em nossa consciência, a força
intrínseca deles, faz-nos aceitá-los como argumento de razão, de modo que o
nosso pensamento se acomoda e ficamos satisfeitos conosco mesmos.
Lembremo-nos de que a tarefa do filosofar é distinguir a
filosofia dos filósofos da Filosofia. A Filosofia é um questionar
constante, um exercício mental em que estamos sempre procurando a verdade,
entendida como um processo ativo e dinâmico de obter novos conhecimentos. A
filosofia dos filósofos, por outro lado, é a representação das ideias desses
pensadores, seres humanos falíveis como todos nós, e, portanto, sujeitos às
limitações de seu próprio pensar. Muitas vezes, enveredando por um determinado
fluxo de ideias, os filósofos acabam por criar o dogma, elemento que mais a
Filosofia combate.
Olhemos o Universo sem ideias preconcebidas. Tomemos cada situação, cada
encontro, cada conversação como se fosse o acontecimento mais importante
naquele momento. Criando este hábito, onde quer que estejamos, estaremos sempre
aproveitando melhor a nossa existência.
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