O objeto deve ser entendido como um propósito
lídimo e altruísta. Envolve o grau máximo de impessoalidade na ação executada.
É aquela atividade que não visa interesses pessoais nem de grupos específicos,
mas atém-se, exclusivamente, na obtenção do bem comum.
Todos os grandes homens da história tiveram que
alçar voo através das oposições que enfrentaram. Nesse sentido, as ideias
contrárias são extremamente úteis para o nosso crescimento moral e intelectual,
pois mesmo nos trazendo problemas, desgastes e preocupações, elas obrigam os
nossos opositores a pensar sobre o assunto. Por isso, convém, depois de expor
alguma ideia nova, esperar que a mesma possa medrar naturalmente na mente
daqueles que estão envolvidas com o assunto.
Ao seguir o objeto, que é o dever proposto por nós
mesmos, convém nos lembrarmos dos mártires da fé, daquelas pessoas que longe da
luta heroica das grandes batalhas da guerra ou das discussões calorosas da
ciência, ficam presas ao sofrimento, à inquietude e aos perigos da inutilidade
de sua vida. Quantos não foram os homens que, para serem fiéis à sua própria
consciência, não passam fome, frio e sede, parecendo seres estranhos à pessoas
de sucesso.
Quando seguimos o objeto, precisamos distinguir
“quem” do “que”. “Quem” refere-se à pessoa; implica em personalismo, vaidade,
orgulho e egoísmo. “Que” refere-se à coisa, ao fato em si; implica em produção
desinteressada. Agindo com a mente altruísta na busca da transcendência do
espírito, estaremos nos libertando dos grilhões da matéria, do personalismo e
introduzindo-nos no todo da vida, na vontade divina, nos anseios de Jesus para
com a libertação de toda a raça humana.
Quando seguimos o objeto, algo se nos depara de
imediato: um insight do conjunto. Vemos, de relance, todo o desenrolar de um
fato, ainda não realizado. O sofrimento fez-nos distanciar do mundo material e
engolfar na verticalidade do espírito, propiciando-nos as luzes do entendimento,
o que não seríamos capazes de obter, caso permanecêssemos na superficialidade
do sucesso aparente. É o fato social tomando uma dimensão cósmica.
Aceitemos os fatos tais quais são. Se o acaso não
existe, é preciso refletir favoravelmente sobre o próprio acontecimento, seja
bom ou ruim. Sigamos o fluxo de nosso pensamento, criando as condições
necessárias para bem administrá-lo.
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