Sócrates (470 a 401 a.C.) afirmava que o conhecimento é
a chave de todos os demais problemas. Interessou-se especialmente por descobrir
um método para alcançar o verdadeiro conhecimento, distinto de simples
opiniões. O método que desenvolveu consistia em eliminar, primeiramente, as
noções falsas e depois proceder a minuciosas observações e desenvolver
pensamentos, a fim de atingir o juízo universal. Em meio à diversidade de
pensamentos, Sócrates procurou descobrir aquilo que era comum a todos, uma base
que não admitisse contestação.
O bem e o mal.
Sócrates pensava que deveria haver um princípio básico do bem e do mal, uma
medida que transcendia a toda e qualquer crença do indivíduo. Para ele, o maior
bem da humanidade é o conhecimento. Acreditava também que “Nenhum homem é
voluntariamente mau”; se souber que uma coisa é boa, preferirá fazê-la. A sua
crença era tão intensa que passou a vida toda procurando auxiliar os homens a
descobrir o que representa o bem. Daí a frase “Uma vida sem exame não merece
ser vivida”.
O destino e livre escolha. Com conhecimento o homem age de maneira acertada;
sem conhecimento, corre o risco de agir com desacerto. Pelo conhecimento, o
homem pode ter certa influência sobre o destino e a vida futura. De acordo com
sua escolha, o homem pode exercer influência sobre a sorte que o espera. É o
começo da crença na liberdade de escolha. No pensamento de Sócrates, muitas
pessoas escolhem erroneamente e, em consequência disso, sofrem. Por isso,
insistia em transmitir o verdadeiro conhecimento aos seus adeptos.
O cidadão e o Estado. Sócrates não se cansava de perguntar a todos os
que encontrava: “Que é Estado? Que é estadista? Que é governante dos homens?
Que é um caráter soberano?” Embora não respondesse às perguntas, explicava que
o conhecimento deve ser a preocupação de todo ser humano. O bom cidadão é
aquele que, constantemente, está em busca do verdadeiro conhecimento e está
sempre indagando. Quando o homem descobre o verdadeiro conhecimento –
argumentava – age de acordo com ele e conduz-se com acerto em todas as relações
com seus semelhantes.
O homem e a educação. Sócrates, embora discordasse dos sofistas em
muitos aspectos, participava da crença geral de que a educação torna o homem
melhor cidadão e, com isso, mais feliz. Mas, ao passo que os sofistas se
preocupavam mais com o homem como indivíduo, Sócrates o considerava como membro
do grupo. Doutrinava que a coisa mais valiosa que o homem pode possuir é o
saber, que se obtém eliminando as diferenças entre os indivíduos e descobrindo
os elementos essenciais com os quais todos eles estejam de acordo.
Para Sócrates, o princípio único, do qual tudo o
mais decorre chama-se conhecimento. Esforcemo-nos, pois, na busca incessante do
verdadeiro conhecimento.
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