Para Zenão, o movimento não existe. Ele demonstra que
“afirmar a realidade de qualquer manifestação do não-ser (o movimento, a
translação dos corpos, a multiplicidade, a velocidade) leva a conclusões ainda
mais paradoxais”.
Para Demócrito, a alma também é feita de átomos. Acha que
para a matéria não vale a mesma divisibilidade infinita de que gozam os números
matemáticos. “Pode-se subdividir um número ao infinito, mas partindo de uma
partícula de matéria progressivamente chega-se a um mínimo indivisível (e
invisível): o átomo, expressão grega que significa, literalmente, sem divisão”.
Para Plotino, Deus não criou o mundo, mas emanou-o. “Não foi
um ato de livre criação que produziu a realidade material, como querem os
cristãos, mas um processo automático de irradiação. Assim como o perfume exala
(emana) de uma flor, o mundo transborda de Deus”.
Para Giordano Bruno, habitamos um dos infinitos mundos. Até
então, acreditava-se no universo finito. Ele afirma que o “Universo é infinito
e homogêneo em cada parte; não existe uma esfera das estrelas fixas nem o último
céu (Empíreo). É razoável supor também que outros corpos celestes são habitados
por seres inteligentes”.
Para Galileu, a natureza possui qualidades objetivas e
subjetivas. Para provar a sua tese faz considerações sobre o tato, o menos
confiável entre os cinco sentidos. “De fato, é suficiente tocar um objeto para
perceber de imediato a sua forma porque, mesmo de olhos fechados, ninguém
confunde uma esfera com um cubo. Por outro lado, o contato com os objetos
produz também reações absolutamente subjetivas: as cócegas, por exemplo,
dependem mais do estado do sujeito (da reatividade da sua pele) que da natureza
do objeto”.
Para Berkeley, a matéria não existe, é apenas uma ideia na
mente. “A matéria não existe, existem somente Deus e o espírito humano. As
qualidades objetivas que parecem tão concretas e que Galileu julgava
inopináveis são apenas uma representação da mente”.
Para Leibniz, em cada gota existe um jardim cheio de
plantas. Contrariando Descartes e Demócrito, diz que a matéria pode ser
dividida ao infinito. “Chegando ao limite infinitesimal, em um certo sentido,
no fundo da matéria, encontra-se um princípio incorpóreo, a Mônada espiritual”.
Para Schelling, a matéria é vida adormecida. Um mesmo
princípio está subordinado à natureza orgânica e inorgânica. “Não existe nada
de morto no universo, tudo está concatenado com todo o resto de modo a formar
um grande animal, um macrocosmo estruturalmente semelhante a um ser humano”.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: das
Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita De Luca. São Paulo: Globo,
2005.
Um comentário:
Vlw, ajudou bastante ;)
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