Para Platão, os tipos de amor estão dispostos numa escala
hierárquica. O enamoramento pela beleza do corpo está situado no nível mais
baixo. Complementa: “O amor passional, mesmo precisando ser superado para se
alcançarem formas cada vez mais elevadas de espiritualidade, pode ser de alguma
forma justificado como o início de um possível percurso de crescimento
espiritual”.
Para Campanella, a raça humana deveria ser melhorada pela
vigilância estatal sobre as atividades amorosas dos Solares. “Com base crença
de que as conjunções astrais existentes no momento da concepção influem de modo
decisivo sobre o nascituro, até mesmo a hora dos acasalamentos deveria ser
determinada por Amor, um dos três técnicos que, junto com Sapiência e Potência,
governam a cidade sob a direção político-filosófica de um Grande
metafísico”.
Para Morus, a condição da mulher na Utopia é
muito melhor daquela vivida em sua época. “As mulheres podem participar das
atividades bélicas, mesmo se, afirma o filósofo, as melhores guerras são
aquelas que não são necessário travar; em algumas circunstâncias podem obter o
divórcio e, no caso de praticarem o adultério ou de manterem relações sexuais
antes do casamento, são punidas exatamente como os homens”.
Para Kierkegaard, o sedutor é o instante fugaz. “A vida
estética representada pela figura do Don Juan, protótipo do sedutor, é típica
daquele que busca a máxima satisfação no tempo presente e foge a qualquer forma
de repetição, procurando tornar inimitável e único cada instante de
vida. O esteta abomina a monotonia, mas dado que o instante é
sempre, por definição fugaz, chega logo ao tédio e ao desespero”.
Para Schopenhauer, não existe amor sem sexo. No sentimento
do amor há uma ilusão: “Por trás de toda manifestação de amor, mesmo a mais
pura e sutil, está o instinto procriador, uma escondida determinação biológica
voltada ao acasalamento e á reprodução da espécie”.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia:
das Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita De Luca. São Paulo: Globo,
2005.
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