18 fevereiro 2012

A Realidade Segundo Alguns Filósofos

Para Heráclito, não nos banhamos duas vezes no mesmo rio. Nada existe de estável e definitivo na natureza; tudo muda continuamente. Cada coisa é e não é, ao mesmo tempo. Nós mesmos somos e não somos, porque existir, viver, significa tornar-se, ou seja, mudar a própria condição atual por uma outra.

Para Parmênides, o ser é uma esfera bem redonda. “Os atributos do ser não podem ser encontrados por via experimental ou sensorial, mas deduzidos com coerência lógica do próprio conceito de ser”.

Para Aristóteles, a estrutura interna de cada coisa depende de seu fim. “Entre as quatro causas possíveis, identificáveis como a origem de qualquer coisa, destaca-se pela importância a causa final: aquilo que, em última análise, faz as coisas serem como são é a finalidade para a qual nasceram”.

Para Galileu, deve-se indagar a natureza para descobrir as suas verdadeiras leis. “Isso só é possível adequando a mente humana ao específico caráter matemático e geométrico com que o grande livro da natureza foi escrito por Deus. A matemática, portanto, constitui a linguagem específica da ciência”.  

Para Leibniz, a Mônada é o elemento constitutivo da realidade. “A Mônada não é matéria, mas energia, força viva no estado puro, ou seja, o superior princípio que torna vivas e operantes as leis físicas da natureza”.

Para Hegel, o real é racional e o racional é real. Na primeira parte do aforismo, Hegel afirma que “o mundo não é um amontoado caótico de substâncias, mas o desdobramento progressivo de uma espiritualidade racional (chamada respectivamente de Absoluto, Espírito, Ideia, Razão, Deus), que se exprime inconscientemente na natureza e conscientemente no homem”. Na segunda parte, segundo a qual a racionalidade coincide com a realidade, indica que a “razão não exprime uma abstração, um dever-ser ideal ou utópico, mas a estrutura profunda do mundo real”.

Fonte de Consulta

NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: das Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita De Luca. São Paulo: Globo, 2005.

 

Nenhum comentário: