Para Heráclito,
não nos banhamos duas vezes no mesmo rio. Nada existe de estável e definitivo
na natureza; tudo muda continuamente. Cada coisa é e não é, ao mesmo tempo. Nós
mesmos somos e não somos, porque existir, viver, significa tornar-se, ou seja,
mudar a própria condição atual por uma outra.
Para Parmênides,
o ser é uma esfera bem redonda. “Os atributos do ser não podem ser encontrados
por via experimental ou sensorial, mas deduzidos com coerência lógica do
próprio conceito de ser”.
Para Aristóteles, a estrutura interna
de cada coisa depende de seu fim. “Entre as quatro causas possíveis,
identificáveis como a origem de qualquer coisa, destaca-se pela importância a
causa final: aquilo que, em última análise, faz as coisas serem como são é a
finalidade para a qual nasceram”.
Para Galileu,
deve-se indagar a natureza para descobrir as suas verdadeiras leis. “Isso só é
possível adequando a mente humana ao específico caráter matemático e geométrico
com que o grande livro da natureza foi escrito por Deus. A
matemática, portanto, constitui a linguagem específica da ciência”.
Para Leibniz, a
Mônada é o elemento constitutivo da realidade. “A Mônada não é matéria, mas
energia, força viva no estado puro, ou seja, o superior
princípio que torna vivas e operantes as leis físicas da natureza”.
Para Hegel,
o real é racional e o racional é real. Na primeira parte do aforismo, Hegel
afirma que “o mundo não é um amontoado caótico de substâncias, mas o
desdobramento progressivo de uma espiritualidade racional (chamada
respectivamente de Absoluto, Espírito, Ideia, Razão, Deus), que se exprime
inconscientemente na natureza e conscientemente no homem”. Na segunda parte,
segundo a qual a racionalidade coincide com a realidade, indica que a “razão
não exprime uma abstração, um dever-ser ideal ou utópico, mas a estrutura
profunda do mundo real”.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia
Ilustrada de Filosofia: das Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita
De Luca. São Paulo: Globo, 2005.
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