Para Maquiavel, há vícios benéficos e virtudes
perniciosas. A moral, na política, não deve vir de fora, mas ser
autonormativa. “Isso não significa que o príncipe (o chefe político) deva ser
imoral ou indiferente ao bem e ao mal, mas que às vezes o que para um indivíduo
é ruim (por exemplo, a crueldade) torna-se necessário ao governo do Estado”.
Para Voltaire, a discórdia é a peste, e a
tolerância, o remédio. Defende que o respeito às opiniões alheias deveria
provir do bom senso, ou seja, da nossa ignorância sobre qualquer problema de
uma dada relevância. Isso se aplica à religião, à ciência e, principalmente, à
política.
Para Rousseau, o homem, nascido livre, está
acorrentado. No seu Contrato Social, evoca a necessidade de
cada pessoa renunciar a sua liberdade em prol da sociedade. “Somente um homem
não mais educado na escola do egoísmo e da propriedade privada poderá fazer
escolhas políticas com base não nos seus interesses particulares, mas tendo em
vista o bem-estar do conjunto da sociedade, segundo o princípio da vontade
geral”.
Para Fichte, a sustentação da linguagem original
confere ao povo alemão a sua supremacia sobre os demais. “Isso os torna os
únicos depositários, no mundo moderno, da antiga sabedoria original e confere a
eles o dever de civilizar o resto da humanidade”.
Para Nietzsche, devemos ressaltar a moral dos
vencedores e a dos perdedores. Na Grécia antiga a saúde, a juventude, a
sexualidade, o orgulho da própria força eram considerados virtudes. O
Cristianismo trouxe-nos a moral dos perdedores, pois “Os novos valores que se
impuseram são ainda os mesmos pelos quais somos educados: o pudor do corpo, a
vergonha da sexualidade, a humildade, o amor pela pobreza, a renúncia a viver
em plenitude, o desejo da morte”.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: das
Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita De Luca. São Paulo: Globo,
2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário