Para Sócrates, a filosofia
assemelha-se ao ofício da parteira. Sua tarefa não é propor afirmações
verdadeiras, mas favorecer o nascimento da verdade na alma do interlocutor.
Para atingir esse objetivo, usa a maiêutica e a ironia, um trabalho
investigativo, baseado no colóquio individual, na arte de escutar e de objetar,
visando abalar as defesas intelectuais preestabelecidas.
Para Platão, a tarefa do
filósofo é posta em forma de metáforas, extraídas do Mito da Caverna.
A caverna escura é o nosso mundo; os escravos acorrentados são os homens; as
correntes são as paixões e a ignorância; as imagens ao fundo da caverna são as
percepções sensoriais; a aventura do escravo fora da caverna é a experiência
filosófica; o mundo fora da caverna corresponde ao mundo das ideias, o único,
verdadeiramente; o Sol que ilumina o mundo verdadeiro é a ideia do Bem, que
conduz ao conhecimento; o regresso do escravo é o dever do filósofo de envolver
a sociedade na experiência da verdade; a incapacidade do escravo em
readaptar-se à vida na caverna é a inadequação dos filósofos; o escárnio do
escravo é o destino reservado ao escravo; a morte final do escravo-filósofo é a
morte de Sócrates
Para Aristóteles, o desejo
de conhecer nasce do assombro diante do mundo. Acha que todo o tipo de
conhecimento produz uma sensação de prazer. Afirma que mesmo antes de existir a
filosofia os homens já filosofavam, porque não se pode viver sem questionar o
mundo que nos cerca. Diz, também, que a reflexão filosófica é uma atividade
desinteressada; por isso, é necessário que o homem resolva os problemas de
sobrevivência antes de se dedicar a esta prática.
Para Kant, o conhecimento é
condicionado por esquemas mentais preexistentes no sujeito. Esse paradoxo
pode ser ilustrado com uma metáfora de ordem jurídica: “em um tribunal em que o
juiz e o imputado são a mesma pessoa, a razão, se se quiser estabelecer quais
são os próprios limites da ação, deve chamar-se em juízo e analisar a si mesma
para verificar os limites da própria legalidade – ou seja, determinar como e
quando se produz um conhecimento verdadeiro e quando, ao contrário, o erro”.
Para Hegel, a filosofia não
deve imaginar como o mundo deveria ser, mas limitar-se a explicá-lo. "Ela
sempre chega depois, quando a realidade já se constituiu, assim como a coruja
de Minerva só levanta voo no crepúsculo, quando o dia já terminou. A sua
tarefa, portanto, é meramente interpretativa e foram absurdas as tentativas dos
filósofos que procuraram estabelecer como a realidade deveria ser. O problema é
entender aquilo que é, fazer emergir da realidade o conteúdo racional, pois a
realidade mesma já é per se razão.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia
Ilustrada de Filosofia: das Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita
De Luca. São Paulo: Globo, 2005.
10 comentários:
Gostei muito, e adoraria se vc me falasse mais sobre os pontos de vista de filósofos, me ajudou no meu trabalho.
Cara as pessoas querem saber oque é filosofia segundo alguns filósofos...Eu sei de duas definições que são: O amor pela sabedoria, e a reflexão que leva a morte. Porém tem mais conceitos que não me recordo
Queria saber mais acerca do ponto de vista de alguns filósofos...mais me ajudou muito mesmo
Uma definição anônima, considero interessante: ciência tal sem a qual o mundo fica tal e qual. E completo, mas o "homem" não.
Quero mas conceitos
Gostaria de saber a definição da filosofia segundo:Hontonji,Ngoenha e Anyawwe.
Bastante interessante o conteúdo do livro de Ubaldo Nicola, uma pena não mencionar o filósofo Epiteto.
Sim
Gostei muito mais gostaria de mais conceitos
Gostei muito de saber a definição de filosofia segundo vários filósofos
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