Violência — Da raiz vis significa o
uso da força para atingir determinados objetivos. A violência serve muitas
vezes para estimular o crescimento das atividades econômicas, pois os
indivíduos para se defenderem, começam a produzir mais armas, mais grades de
proteção, alarmes etc. Os meios acabam justificando fins, isto é, como há o
crime e o assalto, o cidadão precisa defender-se. Observe a guerra dos Estados
Unidos contra o Iraque: até hoje não se descobriu as armas químicas, motivo da
ocupação norte-americana.
Geralmente, costuma-se fazer
comparações entre o comportamento agressivo dos animais e o
comportamento do homem. Colocam-se alguns ratos dentro de um labirinto; depois
de algum tempo, eles estão brigando um com o outro. Por comparação, diz-se que
o homem apinhado nos grandes centros é portador de agressividade. Contudo, não
é preciso estudar o animal para explicar a violência no homem. A observação da
superpopulação de uma favela, em várias cidades do mundo, é o suficiente.
A communis opinio entende
que a violência origina-se do ódio. Pesquisas em Ciências Sociais nos mostram
que a violência é mais natural do que se pode imaginar. O ódio não é uma reação
automática à miséria e ao sofrimento como tais; ninguém reage com um sentimento
de ódio a uma doença incurável. O indivíduo sente ódio quando percebe que um
acontecimento está impregnado de algum tipo de injustiça. Quando acha que
aquele status quo pode e deve ser mudado, o que pode
transformar o ódio em violência.
Registremos também a ocorrência da
violência, tanto manifesta como velada. Tomemos, como exemplo, o relato bíblico
em que Deus expulsa Adão e Eva do paraíso. A violência não está manifesta, mas
velada, pois ninguém bateu em ninguém. Se Deus é todo bondade e todo
misericórdia, como Ele poderia, ao mesmo tempo, mostrar o seu contrário,
expulsando os seus próprios filhos, simplesmente porque o desobedeceram? O
perdão não estaria mais de acordo com sua mansuetude?
A sociedade, influenciada pelas ideias
de grandes pensadores, tais como Hobbes, Darwin e outros, acabam ajudando a
automatizar a violência em nossas ações. Hobbes fala que "o homem é lobo
do próprio homem", Darwin, que estudou a evolução das espécies, empresta à
sociedade a "seleção dos mais aptos", em que o homem acaba pisando o
seu semelhante para conseguir a sua ascensão ao poder. A lei de cooperação,
ensinada por Jesus, é deixada de lado como coisa retrógrada. Contudo, como a
verdade não admite contestação, mais dias menos dias, ela refulgirá com todo o
seu brilho.
Quer queiramos ou não, o tempo, o
grande mestre da humanidade, acaba por colocar todas as coisas no seu devido
lugar. E a norma trazida por Jesus será o lema de toda a humanidade, ou seja,
"cada um deve fazer aos outros o que gostaria que os outros o
fizessem".
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