Mário Ferreira dos Santos, no capítulo 17 — “Análise
Decadialética do Marxismo” do livro Análise Dialética do Marxismo, relata
algumas contradições do marxismo.
1. O marxismo construiu uma dialética, que julgou ser
hegeliana, mas foi pouco usada pelos próprios marxistas. A ditadura do
proletariado é uma ficção e utopia que a realidade desmentiu, pois o que vimos
foi a ditadura de um grupo sobre um partido, que a exerceu sobre o Estado e
sobre a população.
2. Marx, Engels, Lênin e Stálin e outros têm uma visão deformada
e primária da filosofia. Estes abandonaram as obras de Santo Tomás e de Duns
Scot, que pressupõem o homem como criatura, e portanto foi criado. Por escolher
uma visão materialista, o marxismo juntou o seu destino ao destino do materialismo,
a mais fraca posição que se conhece na filosofia. Reduz o homem a uma coisa e não
a uma pessoa. “Dessa forma, combateu a família, combateu a moral, combateu a religião,
combateu a filosofia e, na verdade, não encontrou em que dar coerência ao seu
movimento. Em lugar da força dada pela coerência, acabou por obter uma coerência
conquistada pela força”.
3. Em se tratando da contradição funcional, o princípio autoritário,
inerente ao marxismo, levou-o a um excesso de poder que não pode afrouxar nem
manter. Uma brutalidade leva a outra brutalidade e com essa sequência convivem
milhões de seres humanos, sujeitos a todas as lutas internas que gera
naturalmente o autoritarismo.
4. Como não há coerência nessa doutrina, as vitórias obtidas são
uma marcha apressada para a derrota final, como as de Hitler o aproximavam cada
vez mais da derrota.
Em síntese, só pela revolução o povo se libertará de toda a
opressão, e o marxismo passará para a história como mais um exemplo do malogro
das doutrinas autoritárias.
2 comentários:
Essa "revolução " só se dará em um regime realmente democrático, onde o poder emana do povo, na medida em que todas as camadas sociais, em distinção, tenham acesso à justiça, saúde, educação e moradia de qualidade, quando todos, indistintamente, puderem ser agentes de transformação social.
Essa "revolução " só se dará em um regime realmente democrático, onde o poder emana do povo, todas as camadas sociais, sem exceção, serem agentes de transformação social, a partir do momento em que houver distribuição igualitária de saúde, justiça, educação e moradia de qualidade.
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