Verdade por adágio. Ao confiarmos demasiadamente nos ditados
populares, o nosso pensamento pode estar em erro. Muitos deles são profundos e
contêm parte da verdade, mas não a verdade total. Exemplo: “Não se pode ensinar
truques novos a cachorros velhos”. A frase refere-se a pessoas idosas. Há,
contudo, pessoas idosas com grande capacidade de aprendizado. O erro deste
ditado está na generalização precipitada, pois se presume, conforme o texto,
que nunca se pode ensinar algo novo às pessoas idosas.
Verdade por autoridade. Aceitar que uma declaração é verdadeira porque
uma autoridade a disse. Em muitos aspectos de nossa vida, devemos nos valer de
especialistas, principalmente os ligados à medicina. Agora, aceitar que uma
afirmação filosófica seja verdadeira, porque um filósofo famoso a disse, vai
grande distância.
Verdade por consenso. Tomar afirmações como verdadeiras simplesmente
porque há sobre elas uma concordância generalizada. A história nos mostra os
grandes erros, cometidos pela população, que depois foram corrigidos pelos
livres pensadores. Onde não há consenso, um método ainda menos confiável para
determinar a verdade é basear-se na opinião majoritária. Sobre questões
capitais, a maioria pode estar desinformada.
Fonte de Consulta
WARBURTON, Nigel. Pensamento Crítico de A a Z: Uma Introdução Filosófica. Tradução de Eduardo
Francisco Alves. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011.
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