Os cinco conceitos de justiça são:
1) A cada um a parte que lhe cabe. É a justiça distributiva que aplica o princípio
da proporcionalidade. Há um bem comum. Este bem deve ser distribuído
proporcionalmente para todos os membros da comunidade.
2) A cada um segundo as suas obras. Não se leva em conta aquilo que as pessoas são,
nem esforços ou méritos, nem seus dons ou facilidades, somente o que elas
fizeram ou podem fazer.
3) A cada um segundo a sua contribuição
à obra coletiva. É o princípio que considera como
justo quando se trata de remunerar com salário um trabalho. Deve ganhar mais
quem mais contribui para a produção do bem. Leva-se em conta o tempo de serviço
e outras vantagens adquiridas. Este caso é uma extensão do anterior.
4) A cada um segundo os seus méritos. É um conceito puramente moral. Esse critério de
justiça exige que se avaliem as qualidades essenciais da
própria pessoa, incluindo seus vícios e suas virtudes.
5) A cada um segundo as suas
necessidades. Este conceito de justiça é aplicado
aos bens de consumo. Mesmo que uma pessoa não possa trabalhar, ela deveria
receber o necessário para poder viver.
Exemplo: uma torta deve ser dividida entre os alunos de
uma classe. No primeiro caso, as partes seriam estritamente iguais;
no segundo e terceiro caso, dar-se-ia uma parte maior a quem fez
mais trabalhos de casa; no quarto caso, dar-se-ia em função dos
esforços de aprendizagem e não de acordo com a quantidade apresentada; no quinto
caso, dar-se-ia em função da condição social do aluno: os alunos pobres
receberiam mais do que os alunos ricos, pois estes já têm o suficiente em suas
casas.
Para mais informações:
Consulte o capítulo “Justiça, Estranha Virtude”, por
Francis Wolff, in: NOVAES, Adauto (Org.). Vida Vício Virtude. São
Paulo: Senac, 2009.
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