06 julho 2015

Tyson e a Origem de Tudo

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Na revista Veja de 8 de julho de 2015, há a entrevista com o astrofísico americano Neil Degrasse Tyson, o mais ativo divulgador da ciência depois de Carl Sagan.

Neil Degrasse Tyson publicou, em 2004, o livro Origens. Nele, tenta passar de forma fácil os complicados entrelaçamentos da ciência. Tem por objetivo separar o aspecto religioso do científico. Diz que "para discutir sobre as origens das coisas, é preciso elaborar argumentos cuidadosos, factíveis, mas imaginativos".

Em meio à entrevista, diz que a religião de cada pessoa tira conclusões precipitadas, mas a ciência tem que fornecer argumentos baseados em provas. Observe a frase inglesa "God bless you" (Deus te abençoe) quando alguém espirra. Esta frase reportava-se, no passado, ao fato de o espírito sair do corpo quando alguém espirrava, e deixava o sujeito à mercê dos demônios. Um religioso vê o mundo dessa forma. A ciência tem que verificar se há bactérias que originam o espirro.

Para Tyson, "Raciocinar cientificamente é realizar o que for preciso para não se transformar em burro. Não aceite verdades vindas de cima e procure provar argumentos. Esse elemento fundamental da ciência não deixará de existir."

Explica, também, o que entende por "polícia do pensamento". Nesse caso, chama a atenção para as pessoas que tentam ter e exercer poder pela força de seus pensamentos. Quer dizer, impondo o que todos podem, ou devem, acreditar. A ciência é inimiga da "polícia do pensamento".

O cientista deve retribuir para a sociedade. Na maioria dos países, principalmente nos Estados Unidos, as atividades científicas são financiadas pelo governo, por órgãos públicos. De onde vem o dinheiro? Do impostos pagos pelos cidadãos. Logo, você, e todo mundo, financia experimentos científicos, cujos resultados podem afetar a política, a economia, a saúde pública, a civilização. 

 



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