Para Parmênides,
o ser é, o não-ser não é. O que é pode ser dito,
pensado; o que não é, não. É impossível pensar no nada. Acha que no cotidiano
usamos o verbo ser de modo impróprio e acabamos por atribuir
realidade a condições de ausência, a coisas que não existem: a escuridão e o
silêncio, por exemplo, são condições de não-ser da luz e do som, portanto, pela
lógica não existem.
Górgias, sofista, mostra que usando com destreza a
linguagem, pode-se produzir modificações físicas em quem escuta (por exemplo, o
choro e o rubor de vergonha) e até mesmo manipular a mente do interlocutor,
aniquilar a sua vontade e seduzi-lo.
Demócrito afirma que as palavras são puramente sinais
convencionais. Isto porque, nas diversas línguas empregam-se nomes diferentes
para indicar o mesmo objeto. Assim, as palavras não possuem, em si, como som,
nenhum significado: são puras convenções que adquirem sentido somente pelo uso
comum com base no critério da utilidade recíproca.
Segundo Rousseau,
a linguagem nasceu sob o estímulo das emoções, não da utilidade social, como
sustentava Demócrito. Acha que para resolver todos os problemas práticos da
vida bastam os gestos e as ações; é somente para significar o amor e o ódio que
as palavras se tornam imprescindíveis.
Hobbes, por sua vez, procurou reduzir as operações
mentais a um puro cálculo matemático. O mundo do pensamento e da linguagem na
sua totalidade pode ser descrito por meio de operações de
composição-decomposição de palavras e sinais. Racionar é, portanto, computar,
ou seja, subtrair, somar calcular.
Para Locke,
as palavras são apenas sinais convencionais, puros símbolos arbitrários e
eventualmente substituíveis por outros.
Fonte de consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de
Filosofia: das Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita De Luca. São
Paulo: Globo, 2005.
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