18 maio 2011

Freio Moral

Tese: sem sólida moral, podemos nos chafurdar no vício, seja de que espécie for.

Em nosso dia a dia, deparamo-nos com diversas situações que nos convidam a burlar os nossos princípios morais. Pensamos: todos fazem, por que não posso fazer também? Só eu sei do ocorrido; ninguém poderá me cobrar por coisas tão insignificantes? Esses pensamentos cedem lugar a outros de mesmo teor. Em pouco tempo, nossa resistência espiritual fica abalada.

Exemplos: numa dúzia de laranjas, pegamos uma décima terceira; numa nota fiscal, pedimos um valor maior; firmamos um acordo e não o cumprimos. Num determinado lugar, há avisos para não fazer isso e aquilo e fazemos de conta que não o vimos. Cada um de nós pode estender esta lista ao seu bel-prazer

Quais são, porém, as consequências desse desleixo? Tisnamos o nosso caráter e a nossa personalidade. Tudo, antes de se tornar ação, passou pelo pensamento. Ceder espaço para o que não é corretamente moral debilita-nos, porque vamos nos acostumando com a facilidade do erro. Sem o percebermos, escravizamo-nos à uma forma inferior de vida.

Por isso, quando tomarmos consciência de que estamos relaxando o nosso comportamento, frente a esses inconvenientes, acionemos a campainha dos bons princípios. Eles trazem de volta a liberdade, pois deixaremos de pensar em coisas fúteis para nos ocuparmos das coisas autênticas, como diriam os filósofos.

Por pior que seja a situação, ajamos sempre segundo os princípios morais elevados. O esforço de hoje produz a liberdade de amanhã.

 

 

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