Soren Aabye Kierkegaard (1813-1855), filósofo e escritor dinamarquês, Martin Heidegger (1990-1976),
filósofo alemão, discípulo de Husserl, Jean-Paul Sartre (1905-1980),
filósofo e escritor francês, Gabriel Marcel (1809-1973),
filósofo, jornalista e dramaturgo francês e Maurice
Mearleau-Ponty (1908-1961), filósofo francês, são os principais
representantes do corrente filosófica denominada existencialismo.
Para Kierkegaard, o homem é
um ser que se caracteriza pelo desespero que se origina das contradições de sua
existência e de sua distância de Deus: “O homem é uma síntese de infinito e
finito, de temporal e eterno, de liberdade e necessidade” (Desespero Humano).
Argumenta que o desespero surge em qualquer nível (ético, estético e religioso) da
consciência.
Para Heidegger, a
existência só pode ser compreendida a partir da análise do Dasein (o
ser-aí). O ser humano tem, assim, duas alternativas: realizar-se na
existência autêntica ou perder-se na existência inautêntica. Como se encontra
jogado no mundo à sua revelia, está sempre à mercê do medo e da angústia. Mesmo
assim é capaz de verdade, quer dizer, de desvelar ou revelar a si mesmo a
temporalidade essencial de sua existência, de ser-para-a-morte. Ou seja, a
angústia que revela a temporalidade e a mortalidade do Dasein,
permite, assim mesmo, o acesso à existência autêntica.
Para Sartre, a náusea é
o ponto de partida da filosofia existencialista. Procura demonstrar que
o Ego não está na consciência mas no
exterior, no mundo, onde encontra o seu lugar de existência. No mundo, o ego
aparece em “perigo”. O cogito, porém, surge ofuscado pela
inquietude da “facticidade”. Mesmo “estilhaçado”, o cogito se
abre à liberdade, pois existir é superar a existência em direção à impossível
essência, mas esse movimento é também transcendência.
Para Gabriel Marcel, o
mistério forma a dimensão metafísica do ser e dá um sentido à fé e à liberdade.
A sua filosofia é mais discursiva do que sistemática: prefere a reflexão às
simples conclusões tiradas. Acredita na pessoa humana, não como mero
expectador, mas como participante ativo da vida e do mundo. Dizia-se socrático
e questionador mais do que existencialista (não gostava que o chamassem de
existencialista). A noção de transcendência é a única diferença de suas teses
com a dos existencialistas.
Para Mearleau-Ponty, a
fenomenologia “recoloca as essências na existência e não pensa ser possível
compreender o homem e o mundo de outro modo senão a partir de sua facticidade”.
Filósofo do vivido, mostra que, para o filósofo, não pode existir
lugar definitivo (Igreja, partido) da verdade, na medida em que o refúgio ou
abrigo num tal lugar esqueceria a dimensão histórica do vivido.
Fonte:
Enciclopédias
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