Cremação, prática de desfazer-se de cadáveres humanos pelo fogo,
teve sua origem por volta de 3000 a.C. É um longo caminho até os
nossos dias.
Em se tratando dos egípcios
antigos, a cremação inexistia. Como acreditavam que a vida continuasse após a
morte, havia as práticas de mumificação, a criação de sarcófagos e a construção
de pirâmides. Tudo para facilitar a transição do ser para a vida após a morte.
Além disso, objetos eram escolhidos para serem enterrados junto com o morto.
Com os gregos antigos (1000
a.C.), a morte dos soldados ensejou uma reflexão contrária. Para repatriar as
cinzas dos soldados mortos, eles queimavam seus corpos, e a cremação passou a
ser identificada com atos heroicos. Permaneceu como um símbolo de status na
Roma antiga até a expansão do cristianismo, que ensinava que os mortos
ressuscitariam no fim dos tempos. Isso estimulou os convertidos a enterrarem os
seus mortos, para que os corpos ainda existissem no Dia do Juízo Final.
Depois disso, a cremação ficou
esquecida e proibida em alguns países. A objeção não religiosa consistia na
possibilidade de a cremação disfarçar crimes. O conceito mudou no final do
século XIX. No Japão a cremação foi legalizada em 1875; o primeiro crematório
dos Estados Unidos foi aberto em 1876; e em 1884 as cortes britânicas
declararam que era permissível dispor de cadáveres humanos por meio desse
processo.
Presentemente, a cremação está
muito em voga. No Japão é praticamente universal; na Grã-Bretanha e na Alemanha
mais de 50% dos cadáveres são cremados. Apenas os Estados Unidos são contra a
tendência: mais de 90% dos americanos ainda são enterrados.
Fonte de Consulta
ARP, Robert
(Editor). 1001 Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução
Andre Fiker, Ivo Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro
Jorgensen. Rio de Janeiro: Sextante, 2014.
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