Objeto -
do latim objectum, do verbo objicere, lançar ou pôr em
frente, propor, expor, opor. Etimologicamente, objeto é o que
está frente a, o que se opõe ao sujeito. Palavra de uso comum que assume
sentidos muito precisos nas diversas disciplinas científicas e filosóficas.
Palavra usada pelo vulgo e que se restringe em sentidos muito precisos nas
diversas disciplinas científicas e filosóficas.
Geralmente,
o objeto opõe-se ao sujeito cognoscente. Objeto
é o que não é sujeito: engloba tudo o que não é sujeito. A dificuldade surge
quando os outros sujeitos são considerados objetos para o sujeito que eu sou.
Além disso, usamos o termo objeto para nos referirmos aos animais e às coisas.
Nesse caso, percebemos que a divisão sujeito-objeto é vaga e imprecisa.
Para
que o termo "objeto" signifique tudo, menos o sujeito individual,
deveríamos nos valer da ontologia, da epistemologia e da teoria do
conhecimento. A ontologia descreveria a teoria dos objetos,
classificando-os segundo características gerais. A teoria do conhecimento
e as epistemologias das diversas ciências da natureza e do homem descrevem as
condições em que o objeto se constitui como objeto e o modo como se pode chegar
ao conhecimento particular que cada ciência o considera. (1)
Objetividade é
característica daquilo que existe Independentemente do pensamento (as Ideias
platônicas, por exemplo). Opõe-se a subjetividade. A objetividade de
um conhecimento se justifica pela universalidade, pela racionalidade e
pela imparcialidade do sujeito cognoscente. Exige ainda
a observação e experimentação que garantam
a validade das operações.
Subjetivo é o que pertence a um sujeito.
O sujeito - do
francês sujet, súdito. Em metafísica, designa o ser
ao qual se referem as transformações e os acidentes. O sujeito lógico – oposto ao predicado – é aquele
do qual se afirma ou se nega algo numa proposição. Do ponto de vista da teoria
do conhecimento, sujeito opõe-se ao objeto e representa o espírito cognoscente.
O sujeito transcendental — oposto ao
sujeito empírico — é em Kant o princípio que, jamais procedendo ele próprio de
qualquer experiência, unifica a diversidade da experiência. (2)
Subjetivismo -
qualquer tendência ou teoria que privilegie o subjetivo ao objetivo.
Frequentemente, pejorativo, o termo pode ser aplicado a vários domínios: à
metafísica, em que evoca o idealismo absoluto; à lógica, em que nega que a
diferença entre o verdadeiro e o falso existe objetivamente; à moral, à
estética e à psicologia. (2)
(1) ENCICLOPÉDIA
LUSO-BRASILEIRA DE CULTURA. Lisboa: Verbo, [s. d. p.]
(2) DUROZOI,
G. e ROUSSEL, A. Dicionário de
Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP:
Papirus, 1993.
Um comentário:
Filosofia é subjetiva? Muito gostoso pensar.
Parabéns pelo trabalho👏
Postar um comentário