16 junho 2011

Questionamento e Filosofia

“Em filosofia, a pergunta importa mais do que a resposta”.

Questionar é uma regra capital. Lembremo-nos de que foi do questionamento dos mitos que surgiu a filosofia da antiguidade. Sócrates, por exemplo, fez da pergunta o seu método filosófico. Filosofar é realizar uma investigação racional e produzir uma argumentação rigorosa. Para isso, precisa de perguntas.

Pensando no questionamento, vemos que a contradição torna-se essencial para o próprio método da filosofia. Fazer filosofia não é buscar erudição, mostrar que se tem muitos conhecimentos, mas achar bons argumentos para a compreensão dos problemas que se nos forem apresentados. Em síntese: temos que saber refletir e bem colocar os problemas.

As argumentações filosóficas têm que arregimentar perguntas, que vão dissecando o tema, partindo do conhecido para o desconhecido. Descartes, no seu Discurso sobre o Método, orientava-nos sobre quatro preceitos fundamentais:

1) Não admitir nada que não seja evidente;

2) Proceder segundo a análise;

3) Conduzir por ordem os nossos pensamentos, indo do mais simples ao mais complexo;

4) Fazer uma enumeração completa dos dados do problema.

Dado um tema, um conceito, uma frase, uma questão, temos que saber trabalhar com outras questões, no sentido de dissecá-lo, extraindo daí o máximo de conhecimento possível.

 

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