“Em filosofia, a pergunta importa mais do que a
resposta”.
Questionar é uma regra capital. Lembremo-nos de que
foi do questionamento dos mitos que surgiu a filosofia da antiguidade.
Sócrates, por exemplo, fez da pergunta o seu método filosófico. Filosofar é
realizar uma investigação racional e produzir uma argumentação rigorosa. Para
isso, precisa de perguntas.
Pensando no questionamento, vemos que a contradição
torna-se essencial para o próprio método da filosofia. Fazer filosofia não é
buscar erudição, mostrar que se tem muitos conhecimentos, mas achar bons
argumentos para a compreensão dos problemas que se nos forem apresentados. Em
síntese: temos que saber refletir e bem colocar os problemas.
As argumentações filosóficas têm que arregimentar
perguntas, que vão dissecando o tema, partindo do conhecido para o
desconhecido. Descartes, no seu Discurso sobre o Método,
orientava-nos sobre quatro preceitos fundamentais:
1) Não admitir nada que não seja evidente;
2) Proceder segundo a análise;
3) Conduzir por ordem os nossos pensamentos, indo
do mais simples ao mais complexo;
4) Fazer uma enumeração completa dos dados do
problema.
Dado um tema, um conceito, uma frase, uma questão,
temos que saber trabalhar com outras questões, no sentido de dissecá-lo,
extraindo daí o máximo de conhecimento possível.
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