Para Sêneca (4 a.C.-65 d.C.), o
sábio deve buscar a impassibilidade, em que o racional controla o
emocional. Para ele, as emoções são doenças do espírito que perturbam o
individuo, fazendo-o preferir a solidão. Acha que a qualidade do sábio é
a indiferença e a finalidade da sua existência é a apatia,
que nasce da supressão de qualquer desejo.
Para Leibniz (1646 -1716), aquilo
que se nos configura como mal (dor, morte, pecado) não é absolutamente uma
condição da imperfeição do universo. Segundo o seu ponto de vista, um mundo sem
dor não seria melhor do que o atual: as piores coisas têm a sua significação na
economia do todo, pois a economia nada mais é do que a realização de um fim
pelos meios mais simples.
Para Voltaire (1694-1778), em seu
livro Cândido ou o Otimismo, Cândido representa o otimista que,
diante das piores desgraças, tais como, furtos, doenças e catástrofes naturais,
acha que o mundo assim mesmo não poderia ser diferente porque vivemos no melhor
dos mundos possíveis.
Para Rousseau (1712-1778), em seu
livro Emilio ou da Educação, Emílio é educado segundo as leis da
natureza. Nesse sentido, o mestre deve antes facilitar o seu aprendizado do que
lhe passar uma tonelada de informações. É pela curiosidade do aluno que o
mestre o introduzirá nos aspectos científicos da vida, sem lhe destruir a
iniciativa e a pureza.
Para Pascal (1623-1662), por trás
do frenesi da vida cotidiana, está sempre a fuga de nós mesmos, a tentativa de
nos atordoarmos para não enfrentar a questões verdadeiras e importantes da
existência: a inevitabilidade de morte. As pessoas desejam mais ser distraídas
do que ensinadas a viver sozinhas consigo mesmas.
Para Kant (1724-1804), há duas
coisas realmente capazes de comover o seu espírito: o céu estrelado e a
constatação da lei moral interior. Entre as duas existe oposição e
complementaridade: “Não somente porque uma é externa e a outra interna à
pessoa, mas também porque o sentido de pequenez sugerido pelo confronto com o
espetáculo do universo enfatiza, por contraste, a consciência da absoluta
potência, da autossuficiência e da universalidade comumente denominada voz
da consciência”.
Para Kierkegaard (1813-1855), o
desespero é o sentimento que todo o ser humano padece por não ser capaz de
realizar-se plenamente. Apenas a concepção religiosa pode responder ao problema
do significado último da existência.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de
Filosofia: das Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita De Luca. São
Paulo: Globo, 2005.
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