05 novembro 2010

A Morte de Deus e Mentalidade científico-Tecnológica

morte de Deus, apregoada por Nietzsche, não foi devidamente entendida, porque ela se confunde com a mentalidade científico-tecnológica, baseada no empirismo, no positivismo, na ideologia da secularização e no cientificismo. Na concepção de Nietzsche, a morte de Deus está atrelada à noção de valores.

Por quê, para Nietzsche, Deus está morto? Observando a cultura ocidental, percebeu que Deus simbolizava uma série de valores que mais representavam as relações vividas entre o homem e o seu mundo. Deus, na realidade, era uma maneira simples de se referir à negação da história, da liberdade, do futuro e da própria vida. A sua proclamação da morte de Deus tinha por objetivo chamar a atenção dos indivíduos quanto à distância (destes) para com os valores mais nobres da dignidade humana.

A chamada teologia da morte de Deus, em vigor na década de 1950-1960, reflete muito mais as influências da mentalidade científico-tecnológica do que as ideias de Nietzsche. A tradição científico-tecnológica, baseada na ponderabilidade, elimina os imponderáveis (Deus). O real conhecimento explicativo e contemplativo é deslocado para o palpável, o mensurável, o numérico. Deus é assim alijado do pensamento dos cientistas modernos. Conhecer não é ver essências, mas manipular a matéria.

A tradição científico-tecnológica toma corpo e, de uma forma mais ou menos generalizada, monopoliza as atividades do ser humano, pois Deus já não pode ser usado como hipótese explicativa, dentro da lógica física, astronômica, tecnológica ou mesmo biológica. Tudo o que não está sujeito ao sensível é considerado ilusão. A própria mente fora proibida de se aventurar além dos limites da experiência.

O ser humano tem que abrir a sua mente para as realidades superiores da existência. Para isso, deve tomar consciência de sua tarefa, ou da sua missão, no sentido de procurar a sua evolução moral e espiritual. O Espiritismo, não resta dúvida, será de grande valia para esse passo que a humanidade deverá dar, mais cedo ou mais tarde, pois, como sabemos, a lei do progresso é compulsória.

Estejamos sempre libertos dos preconceitos e das ideias preconcebidas. Saibamos ouvir atentamente as mensagens de luz, veiculadas pelos Espíritos Superiores.

Fonte de Consulta

ENCICLOPÉDIA MIRADOR INTERNACIONAL. São Paulo: Encyclopaedia Britannica, 1987.

 

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