Pensamento.
A palavra pensamento é fácil de ser intuída, mas difícil de ser explicada com
palavras. O pensamento é definido em termos das atividades mentais, como
inteligência ou razão, em que são descartados os sentimentos e as volições.
Liga-se também à atividade discursiva ou intuitiva. Fisiologia.
Ciência que trata dos fenômenos vitais e das funções pelas quais se manifesta a
vida. Parte da biologia cujo objeto é o estudo das funções dos organismos
vivos, vegetais e animais.
A fisiologia do pensar diz respeito
às relações matéria-espírito, corpo-alma, corpo-mente, matéria-consciência,
físico-químico e, atualmente, mente-cérebro. Para Kant, a fisiologia do pensar
resume-se em passar da sensação (estímulo desorganizado), para a percepção
(sensação organizada), para concepção (percepção organizada) e para a ciência
(conhecimento organizado).
A cultura grega deu ênfase à razão. A razão fazia o
indivíduo raciocinar e aplicar-se ao conhecimento das virtudes. Acontece que o
pensamento dos pré-socráticos e dos orientais não são interrogativos, mas
poéticos-noemáticos, em que o racional é deixado em segundo plano. Mesmo assim,
esses pensamentos poéticos-noemáticos não são superficiais, mas essenciais à
própria elaboração do pensável.
A mente é vista como atividade ou processos
mentais, em que estão presentes a consciência, a intencionalidade,
a subjetividade e o caráter representacional. Para
explicar a estrutura da mente há a teoria clássica das faculdades, em que se
pressupõe hierarquia de poderes, ou seja, a inteligência e a vontade são
superiores à imaginação, por exemplo. Presentemente, temos o construtivismo e
o inatismo. No construtivismo, todas as estruturas mentais são
construídas pelo sujeito com relação ao seu meio ambiente. No inatismo, a mente
possui estruturas inatas que são ativadas em contato com o meio ambiente.
A ciência moderna tenta relacionar computador e
cérebro. No computador, há a máquina (hardware), os programas (softwares).e
a informação. Os programas usam a máquina para processar a informação.
Analogamente, o cérebro é o hardware; as estruturas mentais,
o software. O processamento das informações se dá de duas
maneiras: modularidade e conexionismo. A tese
da modularidade pressupõe que o cérebro funcione por “módulos
independentes” e pelos “sistemas centrais”, tais como as relações entre os
computadores independentes e o computador central. O conexionismo é
a interpretação mais recente do funcionamento do cérebro. De acordo com esta
teoria, o cérebro não processa a sua informação em série (uma operação depois
da outra), mas simultaneamente, em paralelo.
Para o Espiritismo, o pensamento, como essência, é
um atributo do Espírito, sinônimo de inteligência. Nesse caso, ele não pode ser
considerado matéria. Acontece que também é usado no sentido material. Daí,
alguma confusão. Os processos mentais entram em cena. Em vez de
conceituá-los adequadamente, simplesmente dizemos que o pensamento é matéria e
vamos tocando o barco. Sócrates, na antiguidade, já nos alertava sobre a
necessidade bem definirmos os termos antes de iniciarmos uma discussão.
O pensamento, como inteligência, raciocínio e informação não é matéria. É simplesmente um atributo do Espírito, que é imaterial ou composto de alguma matéria ainda desconhecida por nós. Os processos mentais, que ocorrem no cérebro, possibilitam-nos o uso do termo fisiologia do pensamento, em que são considerados as vibrações, as radiações, os passes, a fotografia do pensamento e as emanações fluídicas.
Compilação: https://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/pensamento-e-fisiologia-do-pensamento
2 comentários:
NAO VEJO CONEXÃO ENTRE CEREBRO E ESPIRITO. O SER ATUAL É CEREBRO E NADA MAIS. A TRINDADE ARISTOLETILCA CORPO-MENTE E ESPIRITO , NÃO SE SUSTENTAM DIANTE DA NEUROCIENCIA, OU EXISTE OUTRA DEMONSTRATAÇÃO???
De acordo com os pressupostos espíritas, somos um todo, ou seja, espírito, perispírito e corpo físico. Embora sejam distintos, há uma interconexão entre eles.
Allan Kardec, em "A Gênese", explica-nos: No ato da concepção, o perispírito se contrai até a dimensão de uma molécula, que se liga ao PRINCÍPIO VITO-MATERIAL DO GÉRMEN. Desenvolve-se unindo molécula por molécula ao novo corpo em formação. O Espírito fica ligado, não unido ao corpo físico. Somente quando a criança vem à luz é que se une por completo, quando se dá o fenômeno do esquecimento do passado e a tomada da consciência da nova existência terrena. (Kardec, 1975, cap. 9, item 18, p. 214)
Postar um comentário