O filósofo é um pensador. O pensador é um tipo de trabalhador, que
necessita de ideias. Nesse caso, as ideias podem ser consideradas a matéria-prima do filósofo. E o que são
as ideias? Algo invisível que se passa em nosso cérebro. Embora invisível, elas
têm materialidade, pois algumas delas atordoam, ou seja, "ficam martelando em nossa
cabeça". Detalhe: o filósofo procura trabalhar com ideias que duram para sempre.
Ideias e coisas. Podemos dizer que a ideia de alguma coisa é a imagem
mental dessa coisa, é a sua representação abstrata em nossa mente. Pode-se-dizer
que há a imagem mental particular e a imagem mental geral. Quando vemos uma
cadeira, temos a imagem particular da cadeira. Contudo, se pensarmos no objeto cadeira,
temos o sentido geral, ou seja, o conceito, que é a representação abstrata que vale para todas as coisas conhecidas pelo mesmo
nome.
Ideias e realidade. A realidade não é transparente. Para conhecê-la, precisamos
des-cobri-la, isto é, iluminá-la. Por esta razão, cada um de nós vê a realidade
de um modo particular, segundo a
nossa visão de mundo. O que categorizamos como realidade é ao mesmo tempo a realidade
que está aí, fora de nós, e a realidade que fazemos, que imaginamos, que construímos
por meio de nossas imagens, nossas ideias.
O que nos cabe fazer? Uma espécie de viagem em busca da descoberta da
realidade. Observe algumas das grandes invenções da humanidade. A ideia estava
na realidade, mas ninguém até aquele momento teve capacidade de descobri-la. Foi
preciso a vinda de um gênio para nos aclarar sobre aquele objeto.
Além da descoberta de uma realidade física, há também a descoberta de
uma realidade espiritual. A esses descobridores damos o nome de profetas,
místicos, iluminados.
Fonte de Consulta
GOTO, Roberto
Akira. Começos da Filosofia. Campinas, SP: Editora Átomo, 2000.
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