Thomas Kuhn (1922-1996) foi um físico norte-americano e estudioso no
ramo da filosofia da ciência. Sua importância reside no fato de estabelecer
teorias que desconstruíam o paradigma objetivista da ciência. É mais conhecido pela obra A
estrutura das revoluções científicas,
publicada em 1962. A obra é tanto uma investigação sobre momentos decisivos na
história científica quanto uma tentativa de explicar uma teoria sobre como as
revoluções ocorrem na ciência.
Os trabalhos acadêmicos de Kuhn resultaram no livro “A Revolução
Copernicana”, de 1954. Mas foi no livro "Estruturas da Revolução
Científica” (1962), que Kuhn estabeleceu suas ligações com a filosofia e as
ciências humanas. O livro foi reeditado em 1970 com algumas observações adicionais.
Mudança
de paradigma. "A ciência, na visão de Kuhn, alterna períodos de “normalidade” e
de “crise”. A ciência normal é o processo rotineiro no qual cientistas
trabalhando dentro de um sistema teórico, ou “paradigma”, acumulam resultados
que não questionam as escolas teóricas desse sistema. Às vezes, obviamente,
resultados anômalos ou não familiares aparecem, mas estes são geralmente
considerados como erros dos cientistas — provas, de acordo com Kuhn, que a
ciência normal não visa às novidades. Ao longo do tempo, contudo, resultados
anômalos podem se acumular até que um ponto de crise seja atingido. Após a
crise, se uma nova teoria é formulada, há uma mudança no paradigma e um novo
sistema teórico substitui o antigo. No fim, esse sistema é admitido como certo,
e a ciência normal prossegue até outras anomalias surgirem".
Um exemplo de tal mudança foi o
desmoronamento da visão clássica de espaço e tempo com a confirmação das
teorias da relatividade de Einstein.
A afirmação de Copérnico de que
a Terra gira ao redor do Sol rompeu um paradigma no pensamento: os cientistas
deixaram a crença de que o planeta terra está no centro do universo.
Fonte de Consulta
O Livro da Filosofia. Tradução Rosemarie Ziegelmaier. São Paulo: Globo, 2011.