27 maio 2015

Crise

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Crise. Do grego krisis, do mesmo étimo do verbo krino, separar, depurar, como se faz com o ouro. O primeiro sentido da etimologia corresponde à fase decisiva de uma doença. Mais especificamente, um momento de desequilíbrio sensível. O consenso entre os pesquisadores é que a crise leva à ruptura com o estado anterior. O novo rumo pode ser de melhora ou de piora.

Tanto na medicina como na ciência militar, crise exprime o momento de viragem, dificilmente situável, em que se tem lugar a decisão sobre a vida ou a morte, sobre a vitória ou sobre a derrota. Em economia, a crise está ligada aos ciclos econômicos, que se fundamentam na insuficiência de produção ou na superprodução, como a que ocorreu em 1929.

Saint-Simon em L'introduction aux travaux scientifiques du XIXe siècle (1807), distingue entre épocas orgânicas e épocas críticas. As épocas orgânicas repousam em crenças bem estabelecidas; as épocas críticas dão início à ruptura das crenças estabelecidas. Exemplo: a crise renascentista é a passagem da época medieval para a época moderna.

Cuidado: a época orgânica pode se transformar em utopia. Muitas pessoas pressupõem que, como um passe de mágica, as incertezas, as tensões e as injustiças se dissiparão e se transformarão no mito da Idade de Ouro, onde tudo se resolverá com facilidade. É a ideologia dos povos oprimidos.

O Espírito Emmanuel, na lição 59 "Crises", do livro Vinha de Luz, psicografado por Francisco Xavier, diz-nos que "Toda crise é fonte sublime de espírito renovador para os que sabem ter esperança". 

Fonte de Consulta

LOGOS – ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE FILOSOFIA. Rio de Janeiro: Verbo, 1990.

Compilaçãohttps://sites.google.com/view/temas-diversos-compilacao/crise




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