“É mais importante formular do que
resolver problema”.
Formular é muito diferente de resolver
problema. Por quê? Porque formular é buscar ideias novas, testando-as e
destruindo-as, se necessário for. Ao propormos uma nova ideia, poderemos estar
contribuindo tanto para a ciência quanto para a filosofia. O fato de que as
grandes descobertas científicas vieram de pessoas que trabalhavam sozinhas,
deve ser um estímulo para as nossas reflexões solitárias.
Os inovadores são raros, pois há
necessidade de se buscar o inesperado. A inovação é sumamente importante. Um
bom problema é meia descoberta. Nem sempre a ideia nova vem da mesma área do
cientista. O telefone de ligação automática foi inventado por um empresário de
casa funerária; a xerografia, por um advogado; o pneu, por um veterinário.
Acrescenta-se que a necessidade de mudar uma estrutura conceptual de ideias é
outra razão por que a originalidade é tão raramente encontrada.
Para os indivíduos criadores, uma
montanha sem mapa não é um obstáculo; é apenas uma nova altitude a ser
escalada. Eles sentem a necessidade de buscar ordem, a qual não aparece na
superfície. Por isso, é sumamente importante que corram riscos, ou melhor, que
o procurem com paciência e sapiência. Ainda mais: devem ser devotados à tarefa,
trabalhando durante a noite, nos fins de semana e nos feriados.
Alguns cientistas preferem trabalhar
intensamente durante longas horas na solução de um problema. Se não
aproveitarem a competência atávica que parece nascer, o resultado pode
malograr. Eles dizem: “Se formos interrompidos, poderemos levar um ano para
cobrir o mesmo terreno que de outro modo poderíamos fazer em apenas sessenta
horas”.
Não deixemos que os compromissos de
curto prazo destruam os de longo prazo. Concentremo-nos em nosso trabalho,
evitando a perda de tempo com telefonemas e conversações ocas.
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