Fedro, o primeiro orador a falar, coloca o Eros como um dos mais antigos deuses, que surgiram depois do Caos da terra. Pelo fato de ser antigo, traz diversas fontes de bem, que é o amor de um amante. De tudo o que o ser humano pode ter – vínculos do sangue, dignidade e riquezas – nada no mundo pode, como Eros, fazer nascer a beleza. É o Eros que insufla os homens a grandes brios. Só os que amam sabem morrer um pelo outro.
Pausânias, o segundo a falar, critica o elogio a Eros, feito por Fedro, porque o deus Eros não é único, pois há o Eros Celeste e o Eros Vulgar. Para ele, qualquer ação realizada não é em si mesma nem boa nem ruim. Para que uma ação seja boa, ela deve se fundamentar na justiça. O mesmo se dá com o amor. Atender ao Eros Vulgar é prender-se à cobiça, à iniquidade e aos caprichos da matéria. Para atender ao Eros celeste, deve agir segundo os cânones da justiça e da beleza celeste.
Erixímaco, o terceiro orador, educado nas artes médicas, quer completar o discurso de Pausânias, dizendo que o Eros não existe somente nas almas dos homens, mas em muitos outros seres: nos corpos dos animais, nas plantas que brotam da terra, em toda natureza. Para ele, a natureza orgânica comporta dois eros: saúde e doença, e que "o contrário procura o contrário". Um é o amor que reside no corpo são; o outro é o que habita no corpo enfermo. Tal qual a medicina, que procura a convivência entre os contrários, o amor deve procurar o equilíbrio entre as necessidades físicas e espirituais.
Aristófanes, o quarto orador, começa o seu discurso enfatizando o total desconhecimento por parte dos homens acerca do poder de Eros. Para conhecer esse poder, ele diz que é preciso antes conhecer a história da natureza humana e, dito isto, passa a descrever a teoria dos andróginos, que é o mito da nossa unidade primitiva e posterior mutilação. Segundo Aristófanes, havia inicialmente três gêneros de seres humanos, que eram duplos em si mesmos: havia o gênero masculino masculino masculino, o feminino feminino feminino e o masculino feminino masculino, o qual era chamado de Andrógino.
Agaton, o quinto orador, critica os seus antecessores, pois acha que eles enalteceram Eros sem contudo explicar a sua natureza. Ele diz: "Para se louvar a quem quer que seja, o verdadeiro método é examiná-lo em si mesmo para depois enumerar os benefícios que dele promanam". Diz, ao contrário de Fedro, que Eros é um deus jovem. Depois passa a enumerar as suas virtudes, ou seja, a justiça, a temperança e a potência desse deus.
Sócrates, o sexto orador, considerado o mais importante dos oradores presentes, afirma que o amor é algo desejado, mas este objeto do amor só pode ser desejado quando lhe falta e não quando possui, pois ninguém deseja aquilo de que não precisa mais. Segundo Platão, o que se ama é somente "aquilo" que não se tem. E se alguém ama a si mesmo, ama o que não é. O "objeto" do amor sempre está ausente, mas sempre é solicitado. A verdade é algo que está sempre mais além, sempre que pensamos tê-la atingido, ela se nos escapa entre os dedos.
Alcibíades, o sétimo orador, procura muito mais fazer um elogio a Sócrates do que discorrer sobre o amor.
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22 comentários:
Obrigada...
ajudou-me muito em meu trbalho!
O resumo está excelente.
Adorei o resumo, me ajudou muito!
Obrigada..
Obrigada, me ajudou mto tbm :)
É interessante perceber o quanto Alcibíades foi útil nesta discussão sobre o amor.
Duas linhas foram suficientes para mostrar isso.
Paga-pau é fogo...
gostei muito do resumo pois me ajudou bastante no meu trabalho da escola adoreiiiiiiiii
me ajudou muitão valeu msm!!!!!
valeu me ajudou muito msm!!!!
Você me salvou de um 0 na nota.Muito Obrigado !
OBS:Não estava entendendo nada sobre o texto.
Sócrates, sabiamente, diz que a verdade é inalcançável. Eu, assim como Alcibíades, apenas o elogio e o admiro! ^^
Parabéns, ótimo o resumo.
Dora Lima
Eu,gostei muito do resumo,e dentre tds, compreendo melhor a idéia de Sócrates,porém,discodo tbém:
Pois acredito que desejamos o q/não temos,o amor seria o desejo de possuir(conquistar)e preservar sempre assim e não desistir após cnseguir.
Porém excelente resumo!
Ajudo mt para trabalho u.u
- O resumo está ótimo, mais eu só o encontrei depois de ter lido o livro. Mais mesmo assim, ajudou ainda mais no trabalho que eu tinha que fazer! (:
Foi ótimo pro meu projeto de filosofia maravilhoso esse resumo:
:D
Único resumo bom q eu achei!! me ajudou bastante no meu trabalho de filosofia! obrigada
sou um robo sim e daí??? algum problema
Uma curiosidade é que o Aristófanes era a representação do "arquirrival" de Platão. Tanto é que Platão o apresenta como um palhaço. A ideia de amor de Aristófanes era para ser a mais estúpidas de todas. Porém o fato curioso é que ela tornou-se um simbolo do romantismo. O conceito de um ser Andrógino que é dividido em dois e condenado a buscar sua cara-metade é até mais conhecido do que o amor apresentado por Sócrates. A maior parte das pessoas já deve ter visto uma figura com 4 braços, 4 pernas e 2 faces. Pois bem esse é o Mito do Andrógino descrito no Banquete.
O amor é algo pessoal. Não se classifica. Enquanto alguns perdem tempo tentando entender, outros o praticam, que é a parte gostosa. Eu posso falar do meu amar, mas jamais do amar de alguém.
Adorei me ajudou muiiitoooo!
����Obrigado.����
A cara metade de Aristófanes pode ser 0 discurso mais verdadeiro. Pois sempre as pessoas correm atrás de seu par. Josué, Recife - PE.
Onde está Diotima? Ela é fundamental!
Diotima, no Banquete, define o daimon: intermediário entre os deuses e os homens, transmite aos homens mensagens divinas, quer de dia, quer de noite, através dos sonhos, ou por intermédio dos oráculos.
Na Antiguidade, um daimon é ao mesmo tempo um mediador e um mensageiro (anjo). Na realidade, o famoso “demônio”, de Sócrates não é um demônio. Não emprega o nome daimon, mas seu adjetivo, daimonios — demônico.
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