27 janeiro 2012

Simplificar a Vida: Externa e Interna

A lei da entropia nos mostra que, quanto mais queremos organizar algo, a desorganização parece ser a regra. Pomos a nossa escrivaninha em ordem; daí a pouco, ela está cheia de papeis de toda procedência. Não queremos, com isso, desencorajar o esforço de organização. É o caso, por exemplo, de tentarmos simplificar a nossa vida, tanto externamente, quanto internamente.

Pensemos primeiramente em arrumar o lar, as finanças, a vida social e muitas outras rotinas do nosso dia. Fazendo isso, podemos criar uma vida mais saudável e satisfatória, pois liberamos tempo para aquilo que realmente desejamos fazer em termos de atividade pessoal. Começando pelas coisas externas, podemos, depois, passar para as internas. Acontece, porém, que o interior não está dissociado do exterior. O que fazemos no exterior é o reflexo do que levamos em nosso interior.  

Se perguntarmos o que significa simplificação interior, haverá tantas definições quantas as pessoas indagadas. Parece-nos que simplificar o interior é, primeiramente, sintonizarmos com Deus, nosso Pai, inteligência primeira e causa primária de todas as coisas; posteriormente, com os mestre Jesus e os grandes emissários do espaço; depois, com a criatividade, a felicidade, a paz, a harmonia.

A simplicidade implica reduzir as complexidades da vida. Nesse caso, devemos abrir mão de tudo o que não contribui para os objetivos de nossa vida, daquilo que não traz a plenitude de nossa existência. Por isso, estejamos sempre prontos para achar o nosso prumo, o nosso norte, a nossa missão, grande ou pequena, neste mundo em que vivemos.

Para a eficácia da simplificação de nossa vida, precisamos analisar os custos de dizer não. Jesus já nos dizia que o não, muitas vezes, é mais instrutivo que o sim. Um exemplo: somos convidados para uma festa que não estamos dispostos a ir. Nesse caso, observemos o tempo ganho ao recusarmos o convite: não precisamos pensar em roupas, comida para levar, trajeto, tempo de locomoção etc.

Em outras palavras, o tempo não gasto na festa, pode ser usado tanto na criatividade quanto na prática da caridade.

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Minimalismo é um estilo de vida simples, focado em possuir apenas o essencial para a vida e eliminar os excessos.

“Qualquer materialista razoavelmente consciente sabe muito bem: aquilo que você possui também te possui.” (Tom Robbins)

A desordem é uma forma de distração visual, e tudo diante dos nossos olhos consome pelo menos um pouco de nossa atenção.

"Não tenha em suas casas nenhum objeto que não seja reconhecido como útil ou percebido como belo." (William Morris)

Um endividado, consultando um profissional do assunto, recebeu a seguinte recomendação: "não pagar primeiro os empréstimos com juros mais altos; em vez disso, quite as dívidas menores". Quitar dívidas menores resulta em uma vitória.

Quando você deixar uma superfície limpa, qualquer baguncinha vai incomodar e pedir para ser organizada.

“'Se eu tivesse um pouco mais, ficaria muito satisfeito'. Aí está o seu erro. Se você não está satisfeito com o que tem, não ficaria satisfeito se o tivesse em dobro." Charles Spurgeon)

Há um ditado sábio que diz o seguinte: “Não fixe os olhos naquilo que se vê, mas naquilo que não se vê. Pois o que se vê é temporário, mas o que não se vê é eterno.”

BECKER, Joshua. Simplifique: 7 princípios para descomplicar e organizar sua vida. Tradução de Igor Barbosa. Rio de Janeiro: Agir, 2024.

 

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