1 — Os Sofistas. 2 — Sócrates. 3 —Platão. 4 — Aristóteles. 5 — Pensamento
Helenístico. 6 — O Pensamento
Trágico. 7 — A Ciência no Mundo
Clássico. 8 — Bibliografia
Consultada.
1 — Os Sofistas
O triunfo da democracia em Atenas (século V a.C.),
seu esplendor econômico e cultural, juntamente com sua preponderância política
na Grécia, provocaram uma situação inédita que levantou novos problemas e
orientou para outros rumos a especulação filosófica: do problema da physis ao
problema antropológico. Problemas práticos - política, moral, religião,
educação, linguagem etc. - ocuparam os novos personagens da época, os sofistas.
Sua atitude relativista em política, em moral, chegando mesmo a questionar a
possibilidade de um conhecimento verdadeiro e comum - era expressão do espírito
da época. A democracia supõe conceder valor à opinião e, portanto, à
diversidade de pontos de vista, o que é incompatível com a defesa de uma
verdade absoluta.
O movimento sofista
Dá-se o nome de sofistas a um conjunto
de pensadores gregos que florescem na segunda metade do século V
a.C. e que têm em comum, ao menos, os fatos de terem sido os primeiros
educadores profissionais (organizavam cursos completos e cobravam grandes
quantias para ensinar) e de que entre seus ensinamentos a retórica e um
conjunto de disciplinas humanísticas (política, moral etc.) ocupavam
lugar de destaque. O advento da democracia trouxe consigo uma mudança notável
na natureza da liderança: a linhagem já não era suficiente, e a liderança política
passava pela aceitação popular. Numa sociedade onde a assembleia do povo tomava
as decisões e onde a aspiração máxima era a vitória, um político
precisava dominar a arte de convencer, a arte de persuadir as massas de que a
sua era a melhor proposta. Precisava, além disso, ter certas ideias a respeito
da lei, a respeito do justo e do conveniente, e também a respeito do Estado.
Eram esses os ensinamentos que os sofistas proporcionavam.