O existencialismo tomou corpo depois da Segunda
Grande Guerra. Poemas, romances, jornalismo especializado, cafés filosóficos,
teatro e cinema deram-lhe ressonância. O ponto central era a busca da liberdade.
A origem do existencialismo moderno encontra-se em Kierkegaard, que
viveu entre 1813 e 1855, um século antes do boom existencialista. O ponto de partida de
Kierkegaard foi a sua discordância com a filosofia abstrata e generalista de
Hegel (1770–1831). Ele acreditava que a escolha individual e concreta tinha
mais peso do que a generalização de seu antecessor. Daí a ênfase no
individualismo e no hic et nunc (aqui e agora).
Em Kierkegaard há dois tipos de existencialismo: o humanista e o cristão. Os filósofos posteriores a Kierkegaard preferiram
aceitar apenas o humanista. Deixaram de lado o existencialismo cristão,
retomado muito tempo depois por Gabriel Marcel.
Heidegger (1889-1976) abeberou-se dos ensinamentos de Kierkegaard
e de Nietzsche, que era ateu. Transferiu os estudos da consciência para o dasein, estar no aqui e no agora, no concreto.
A filosofia de Sartre tem três períodos distintos: na sua primeira
fase, teve a influência de Husserl, onde escreveu A Náusea; na segunda fase, sofre Influência de Heidegger;
na terceira, a mais produtiva, de Hegel e Marx.
O ponto marcante da filosofia de Sartre é a coloração que deu ao
termo liberdade, num mundo sem Deus, em que o indivíduo tem que se fazer por si
mesmo.