Por que a opinião de outra pessoa é mais importante do que a
nossa? Isso acontece porque o nosso comportamento é mais reativo do
que ativo. De maneira geral, somos muito sensíveis ao que a outra
pessoa pensa de nós. Esta maneira de agir está correta? A outra pessoa tem
capacidade de penetrar em nossos sentimentos, em nosso modo de ver o mundo? Pensemos
sobre este assunto.
Quando damos mais importância à opinião alheia é porque não
estamos usando a nossa autonomia de pensar. Estamos mais preocupados em
agradar, em fazer os outros felizes. É correto? E se o outro está nos
espezinhando, nos fazendo passar vergonha, será que deveríamos nos portar como
vítimas? Lembremo-nos de que o indivíduo inteligente é avaliado pelo modo como
escolhe a sua reação em circunstâncias antagônicas, tais como, desavenças e
conflitos.
Observe o seguinte: “Ele (marido) deve obedecer porque ela
(esposa) ganha mais do que ele”. Será que essa atitude é de fundamental
importância no relacionamento entre as pessoas? O dinheiro é que valoriza o
relacionamento ou é o respeito mútuo que deve prevalecer? Quando damos muito
valor ao dinheiro, acabamos transformando as pessoas em números, em cifras, em
que tudo o mais gira em torno dele.
Somos tratados como os outros nos veem. Ao nos mostrarmos
bondosos, prestativos e sempre dispostos a ajudar, o outro pode tomar essa
postura como fraqueza e começar a ver-nos como escravos, como seus dependentes,
e que podem fazer de nós o que bem entenderem. Quando isso ocorrer, é preciso
dar um basta: “Arreganhe os olhos e faze cessar a brincadeira”.
George Bernard Shaw dizia: “As pessoas sempre culpam as
circunstâncias por aquilo que são. Eu não acredito em circunstância. Quem se
sai bem neste mundo são as pessoas que saem à procura das circunstâncias que
desejam, e, se não as encontram, criam-nas”. Nesse caso, é a atividade e não a
reatividade que deve comandar as nossas ações. Quantas vezes dizemos sim,
quando gostaríamos de dizer não?
Somos donos de nosso pensamento. Através da lógica podemos
combater o mito do não-controle das emoções. O pensamento, por sua vez, deve
sempre melhorar, progredir, para libertar-nos da escravidão. Por isso, devemos
combater qualquer tipo de paralisia, em virtude do remorso, da ira, do ciúme.
Produzamos o máximo dos minutos que nos são oferecidos em cada dia, e estejamos
inteiros naquilo que estivermos fazendo.
Ouçamos a opinião alheia, reparemos em nós o que acharmos de
errado, mas não nos tornemos dependentes dela. Sejamos sempre ativos.
Um comentário:
Muito bom. venho pensando sobre ativo e reativo esses dias. obrigado pela reflexao à sua maneira
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