Em linhas gerais, o conhecimento
filosófico surgiu na Grécia como oposição ao conhecimento mitológico e
religioso. Segundo aqueles pensadores, o conhecimento deveria ser construído
através da razão, através da inquirição da natureza e não simplesmente pelo
relato de uma história fantástica.
A filosofia e a religião são duas
formas diferentes de explicar o mundo. A filosofia baseia-se na razão, a
religião na fé. O cristianismo é uma religião e, como tal, baseia-se na fé. A
filosofia tenta compreender o mundo dentro dos limites da razão. Nesse sentido,
o âmbito da fé está no sobrenatural; o a filosofia, no natural. Santo Tomás de
Aquino já nos dizia que mesmo de natureza distinta, fé e razão mantêm, desde
tempos remotos, uma profunda ligação.
Para os gregos, o mundo é o cosmos,
algo ordenado, em que as coisas se repetem, tal como o Sol que aparece todos os
dias. Esta ordenação se opõe ao caos, que seria a desordem. Nessa
concepção, o tempo é circular, ou seja, supõe-se um eterno retorno do que
existe. Nega, assim, a criação do mundo pelo cristianismo, que pressupõe um
Deus criador.
A concepção de mundo no cristianismo
não é captada simplesmente pela razão. É fruto de uma revelação. Deus revelou o
mundo, criou-o a partir do nada (ex-nihilo). É a partir daí que o tempo
(linear) começou a ser contado, a existir, concepção esta que permanece nos
dias atuais. Para o pensamento grego, porém, do nada, nada sai.
O mundo, segundo o cristianismo, foi
criado para servir de morada ao ser humano, que deve fazer a sua caminhada
evolutiva, desde a sua criação, à imagem e semelhança de Deus, até o final, que
é o advento do reino de Deus. E tudo isso deve ser feito segundo os
ensinamentos de seu Filho, Jesus.
Fonte de Consulta
TEMÁTICA BARSA. Rio de Janeiro, Barsa
Planeta, 2005. (Filosofia)
Um comentário:
Aí vai uma pequena contribuição ao entendimento. Séculos de história em alguns poucos minutos http://www.youtube.com/watch?v=F53HLAf5d1A&feature=feedlik
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