Kant, na Crítica da Faculdade
do Juízo, propõe-nos três máximas para o uso do pensamento.
1. Pensar por si mesmo. É a máxima do pensamento autônomo (Sapere
Aude!). Aqui a razão nunca deve ser passiva. O pensamento não deve se
contentar com o “ouvi dizer”. Tem que ir adiante em busca de novas luzes, de
novas inspirações. Para isso, a leitura e a pesquisa em enciclopédias são de
suma importância.
2. Pensar colocando-se no lugar do
outro. É a máxima da substituição do ponto
de vista pessoal. Este é, por natureza, estreito, limitado. Há necessidade de
ampliá-lo. O outro também tem razão. Ele também pesquisa, pensa, raciocina.
Devemos ouvi-lo, mesmo que não aceitemos as suas teses. “É possível que eu
esteja errado” é de suma importância nesta hora.
3. Pensar de acordo consigo mesmo. É a máxima de ser consequente. O pensamento deve
saber explicar, justificar, fundamentar. Como a palavra explicar quer dizer
desdobrar, pensar de acordo consigo mesmo é procurar explicar as coisas com as
próprias palavras. Se uma palavra do diálogo é de difícil entendimento, urge
procurar outra para que o interlocutor possa entender o que estamos querendo
explicar.
Fonte de Consulta
RAFFIN, Françoise. Pequena
Introdução à Filosofia. Tradução de Constância Morel e Ana Flaksman. Rio de
Janeiro: FGV, 2009. (Coleção FGV de bolso. Série Filosofia)
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