Para os estoicos, a razão precípua
para estudarmos filosofia é nos tornarmos uma pessoa melhor. Tudo o mais não
deixa de ser uma “crítica de palavras com palavras”, como afirmou Nietzsche.
Sêneca, um filósofo
estoico da era romana, afirmou que não havia outro propósito em ler e estudar a
não ser o de levar uma vida feliz. A filosofia, porém, no mundo contemporâneo,
está muito distante disso, pois os filósofos usam palavras difíceis, paradoxos,
enigmas deixando-nos totalmente perplexos.
Contrariando os
chamados "filósofos de tinta e papel", a sabedoria dos estoicos
consistia na preocupação com a forma de viver, ou seja, com as escolhas feitas,
as causas que seguiam, os princípios aos quais aderiram ao enfrentar
adversidades. Eles se importavam com o que era FEITO, não com o que era DITO.
A vida dos estoicos
fundamentavam-se em quatro virtudes, chamadas, também, de virtudes cardeais: coragem,
temperança, justiça e sabedoria.
Os trabalhos
escritos dos estoicos podem ser escassos, mas os seus exemplos de vida são
abundantes.
Todo estoico nasceu
para morrer. Cícero certa vez disse que filosofar é aprender a morrer, ou seja,
partir em paz.
Na Antiguidade, o
mundo pertencia aos homens; por isso, a vida dos estoicos trazem a relação de
homens e não de mulheres.
A palavra “estoico”
significa resignação impassível diante do sofrimento.
Os estoicos não
aceitavam sem questionar as injustiças do mundo. Formaram a mais veemente
“resistência” à tirania de Júlio César, Nero e outros comandantes do mundo
antigo, chegando até mesmo a influenciar reformas democráticas de cunho
popular.
Os estoicos
buscavam as luzes para iluminar o caminho da vida. Eles queriam saber, tanto
quanto nós, como encontrar tranquilidade, propósito, autocontrole e felicidade.
Objetivo
final: transformar palavras em obras. Transformar as lições de vida de
homens e mulheres que vieram antes de nós, suas trajetórias e morte, seus
sucessos e fracassos, em ações no mundo real.
Fonte de Consulta
HOLIDAY, Ryan e HANSELMAN, Stephen. A Vida dos Estoicos: A Arte de Viver, de Zenão a Marco Aurélio. Tradução de Alexandre Raposo e Luiz Felipe Fonseca. Intrínseca, 2021.
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