05 junho 2022

Filosofia e o Estoico, A

Para os estoicos, a razão precípua para estudarmos filosofia é nos tornarmos uma pessoa melhor. Tudo o mais não deixa de ser uma “crítica de palavras com palavras”, como afirmou Nietzsche.

Sêneca, um filósofo estoico da era romana, afirmou que não havia outro propósito em ler e estudar a não ser o de levar uma vida feliz. A filosofia, porém, no mundo contemporâneo, está muito distante disso, pois os filósofos usam palavras difíceis, paradoxos, enigmas deixando-nos totalmente perplexos.

Contrariando os chamados "filósofos de tinta e papel", a sabedoria dos estoicos consistia na preocupação com a forma de viver, ou seja, com as escolhas feitas, as causas que seguiam, os princípios aos quais aderiram ao enfrentar adversidades. Eles se importavam com o que era FEITO, não com o que era DITO.

A vida dos estoicos fundamentavam-se em quatro virtudes, chamadas, também, de virtudes cardeais: coragem, temperança, justiça e sabedoria.

Os trabalhos escritos dos estoicos podem ser escassos, mas os seus exemplos de vida são abundantes.

Todo estoico nasceu para morrer. Cícero certa vez disse que filosofar é aprender a morrer, ou seja, partir em paz.

Na Antiguidade, o mundo pertencia aos homens; por isso, a vida dos estoicos trazem a relação de homens e não de mulheres.

A palavra “estoico” significa resignação impassível diante do sofrimento.

Os estoicos não aceitavam sem questionar as injustiças do mundo. Formaram a mais veemente “resistência” à tirania de Júlio César, Nero e outros comandantes do mundo antigo, chegando até mesmo a influenciar reformas democráticas de cunho popular.

Os estoicos buscavam as luzes para iluminar o caminho da vida. Eles queriam saber, tanto quanto nós, como encontrar tranquilidade, propósito, autocontrole e felicidade.

Objetivo final: transformar palavras em obras. Transformar as lições de vida de homens e mulheres que vieram antes de nós, suas trajetórias e morte, seus sucessos e fracassos, em ações no mundo real.

Fonte de Consulta

HOLIDAY, Ryan e HANSELMAN, Stephen. A Vida dos Estoicos: A Arte de Viver, de Zenão a Marco Aurélio. Tradução de Alexandre Raposo e Luiz Felipe Fonseca. Intrínseca, 2021. 

 

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