Para Parmênides,
afirmar uma negação é incorrer em erro lógico. “Como passagem
de uma condição de ser a uma de não-ser, toda mutação, qualquer que seja a sua
espécie, é sempre pura aparência: a verdadeira estrutura do mundo consiste em
um ser imutável e eterno”.
Para Aristóteles,
a metafísica é necessária, é a ciência do ser. Todas as ciências precisam de
uma filosofia primeira que é a metafísica. “A medicina estuda o ser enquanto
corpo vivo, a política estuda o ser da sociedade, a ética o ser como ação, a
matemática, o ser como quantidade; somente a filosofia estuda o ser enquanto
ser, em abstrato e independentemente de qualquer determinação particular”.
Para Descartes,
a dúvida metódica conduz-nos à existência de um sujeito espiritual, capaz de
produzir pensamento: ao lado da substância pensante (res cogitans),
existe a substância material (res extensa). Pensa que o único modo de
demonstrar a existência do mundo material consiste em refletir sobre a
existência de Deus. “Logo, ao lado da espiritual, existe também uma realidade
material, que se caracteriza por ser extensa ao espaço. Res cogitans e res
extensa, espírito e matéria, mente e corpo, são as duas substâncias
metafísicas do real”.
Para Leibniz,
a mônada é um átomo espiritual. Para entendê-la, deveríamos compará-la à mente
humana. A mônada é “um microcosmo, um espelho vivo do universo para o qual tudo
é, ao menos potencialmente, inteligível. Como um verdadeiro átomo espiritual,
possui todas as características da espiritualidade: percebe – ou seja, conhece
o mundo a partir de um particular ponto de vista – e apetece, ou
seja, deseja –, tendendo sempre à realização de um fim, de um projeto".
Para Spinoza,
Deus é substância: para existir não precisa de nada. Partindo da definição
clássica do conceito de substância como aquilo que não precisa de nada
para existir, ele conclui que: 1) só uma substância pode existir (monismo);
2) tal substância deve ser Deus; 3) a matéria e o espírito não devem ser
considerados substâncias, mas sim atributos (manifestações) da única
substância; 4) a substância divina é livre — porque age somente sob o impulso
da necessidade da sua natureza — e eterna; 5) sendo única, tal substância não
admite nada fora de si mesma e, portanto, deve compreender o mundo inteiro.
Para Hume,
a substância é um feixe de percepções. “No âmbito do pensamento empírico,
voltado para a concretude da experiência, devemos concluir que na realidade
existem somente determinadas qualidades particulares dos objetos que a mente,
depois de apreendê-los separadamente, reagrupa e liga um termo linguístico para
facilitar a memória e a comunicação”.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia
Ilustrada de Filosofia: das Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita
De Luca. São Paulo: Globo, 2005.
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