Para Platão, conhecer é buscar o que se ignora.
Recorrendo à doutrina da reminiscência, diz que conhecer é, para a alma,
lembrar o que já sabia antes de encarnar num corpo.
Para Aristóteles,
a estrutura interna de cada coisa depende de seu fim. “Entre as quatro causas
possíveis, identificáveis como a origem de qualquer coisa, destaca-se pela
importância a causa final: aquilo que, em última análise, faz as coisas serem
como são é a finalidade para a qual nasceram”.
Para Cusa,
conhecer é estabelecer uma proporção entre o conhecido e o desconhecido, entre
o que se conhece e o que se vai conhecer. Por isso, “o processo de acréscimo do
conhecimento deve ser lento e gradual; os objetivos de qualquer investigação
cognitiva não podem ultrapassar muito o nível atual dos conhecimentos”.
Para Bacon,
devemos estudar os erros para evitá-los. “O engano muitas vezes é decorrência
da presença, no intelecto humano, de uma série de ídolos, ou seja,
de crenças inconscientes, suposições, prejulgamentos e preconceitos que
condicionam a aquisição do novo saber”.
Para Kant,
o ato cognitivo não é uma adequação da mente ao objeto conhecido. São os
esquemas mentais, que funcionam como filtros, já presentes na mente que
determinam o que podemos conhecer do objeto. Assim, “no centro da filosofia do
conhecimento devem ser postas essas formas a priori da mente,
universais e necessárias”.
Para Fichte,
cada Eu se põe a si mesmo. O inteiro sistema do saber funda-se em um ato de
espontânea, intuitiva e incondicionada autocriação do sujeito pensante. “A
validade de um ato cognitivo não depende mais de uma presumida correspondência
entre o objeto pensado e o objeto pensante, mas funda-se numa atividade
totalmente interior do sujeito e independente do mundo”.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia
Ilustrada de Filosofia: das Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita
De Luca. São Paulo: Globo, 2005.
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