Para Pitágoras, o ar é cheio de almas. Foi o primeiro
filósofo ocidental a sustentar a teoria da metempsicose. “Devido a uma culpa
original, a alma é obrigada a reencarnar em sucessivas substâncias corpóreas
(nem sempre humanas, mas também animais), em um ciclo que só é interrompido
após a purificação”.
Para Demócrito, a vida nasceu do vórtice atômico. Explica
que “a agregação de átomos em corpos sólidos e compactos deve-se a fenômenos
puramente mecânicos, particularmente à força centrípeta agregadora desenvolvida
pelo movimento em vórtice”.
Para Giordano Bruno, o mundo é um grande animal. A sua tese
é explicada da seguinte forma: “Tudo é vivo, porque cada parte da realidade,
mesmo no mundo mineral, está presente um princípio formal e vital, ou seja,
aquela estrutura interna, aquela necessidade que faz cada coisa ser o que é. O
que chamamos mente não existe somente no homem mas também,
obviamente de modo inconsciente, nos animais, nas plantas, nas gemas e nos
minerais”.
Para Bérgson, a inteligência não explica a vida. Segundo seu
ponto de vista, “a vida é um impulso construtivo que, a cada momento, explora
todas as variações possíveis, sem seguir um projeto preciso; é uma onda que
arrasta e ultrapassa qualquer obstáculo, sem nunca, todavia, abandoná-lo
definitivamente”. Em cada reino da natureza, a vida foi vencendo os seus
obstáculos. No reino hominal, tece comentários sobre o instinto e a
inteligência: “O instinto animal está cercado por um halo de inteligência e a
inteligência humana não funcionaria se não se baseasse também na contribuição
do instinto”. Disto resulta que “a inteligência não consegue explicar a vida,
mas a vida explica a inteligência”.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: das
Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita De Luca. São Paulo: Globo,
2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário