Para Aristóteles, a virtude está no justo meio. A capacidade
em dispor as coisas pelo justo meio adquire-se pelo exercício, em que se excluem os
vícios do excesso e da escassez. A coragem, por exemplo, é a virtude média
entre a temeridade e a covardia.
Para Diógenes, a vida é simples. Entendia a sabedoria como
uma recusa da vida comum. Foi o primeiro de uma lista de filósofos que:
“munidos de um manto e de uma tigela, orgulhoso de sua pobreza, perambulavam
como mendigos pelas cidades da Grécia pregando o ascetismo, o retorno à vida
natural, o desprezo pelas comodidades”.
Para Epicuro, o objetivo da vida feliz é o prazer. Há
necessidade de separarmos o falso prazer do verdadeiro. Acha que “a solução
mais sábia está em submeter a busca da felicidade ao juízo da razão. É preciso,
portanto, eliminar os medos inúteis (da morte, dos deuses, da dor), moderar as
necessidades de modo que o seu gozo não se transforme no contrário e,
principalmente, ter como meta a tranquilidade de espírito, a serenidade”.
Para Zenão de Cítio, o ser humano devia viver conforme a
natureza, ou seja, conforme a virtude. “Assim como o animal é inevitavelmente
guiado pelo instinto, o homem deve fazer-se guiar pela razão, porque nesta
reside a sua íntima natureza. Isso significa que o homem sábio deve evitar
qualquer forma de paixão”.
Para Sêneca, há vantagem em ser espontâneo. Seguir a razão
não significa tornar-se escravo da racionalidade; buscar o crescimento
espiritual não significa desprezar o corpo. “Simplicidade, espontaneidade,
presteza são qualidades do sapiente, ou seja, daquele que se aceita pelo que é.
Ao contrário, a ansiedade, a artificialidade de comportamentos, o frenesi de
viver sem descanso, o desejo de viajar sem destino são sintomas patológicos de
uma personalidade que não aceita a própria natureza”.
Para Marco Aurélio, a fonte do bem está na máxima: Olha
dentro de ti: aí se encontra a fonte do bem, sempre capaz de jorrar, se
souberes sempre cavar em ti mesmo. “A filosofia consiste na reflexão sobre
a existência, na indagação interior, na meditação sobre a vida. O lugar onde se
vive e o papel social não têm a menor importância”.
Para Morus, quando todos trabalham, todos trabalham menos.
Em sua ilha da Utopia, “Todos os cidadãos são iguais entre si, todos se revezam
nos trabalhos de agricultura e artesanato, e o trabalho é dividido de tal forma
que impede o surgimento de diferenças sociais”.
Para Hume, as escolhas morais fundam-se no sentimento. Os
comportamentos dos indivíduos estão mais sujeitos ao sentimento do que à razão.
“Na realidade, seguimos as regras de moralidade e de justiça não com base em
deduções abstratas, mas segundo um sentimento específico da
sua utilidade coletiva”.
Para Kant, um comportamento pode ser considerado moral
quando é universalizável. Por isso, a crença no imperativo categórico, ou seja,
no comportamento que se prende a uma norma que ultrapassa o caso concreto, a
utilidade ou o interesse pessoal.
Para Fichte, o dogmatismo ou idealismo depende do caráter do
sujeito. A escolha não é feita segundo um convencimento racional, mas segundo
as qualidades morais do sujeito. “quem é idealista, interiormente livre,
professa o idealismo e vive em mundo efetivamente livre; quem é dogmático, ao
contrário, acredita viver em mundo dominado pela necessidade objetiva somente
porque, dentro de si, já é desprovido de amor pela liberdade”.
Para Schopenhauer, a única solução é esquecer que se existe.
De acordo com o seu pensamento, a vontade de viver condiciona todos os aspectos
da existência, produzindo alternadamente sofrimento e tédio. Para combater a
vontade de viver, “aconselha o silêncio, o jejum, a castidade, a renúncia
sistemática, a fuga temporária da realidade por meio da arte ou de práticas
orientais de meditação”.
Fonte de Consulta
NICOLA, Ubaldo. Antologia Ilustrada de Filosofia: das
Origens à Idade Moderna. Tradução de Margherita De Luca. São Paulo: Globo,
2005.
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